O ponto que nos faltava

A primeira meia dúzia de minutos foi de domínio e controlo absoluto por parte de Marítimo graciosense, mas, sem contudo, retirar grandes dividendos desse ascendente. Apenas dois lances de bola parada e um cruzamento do lado direito mereceram a atenção da defensiva encarnada.
Castro, guardião da formação da ilha branca, somente tocou no esférico ao sexto minuto e para repor a redondinha em campo, voltando a acariciar o esférico dois minutos depois, desta feita para colocar ponto final a um cruzamento de Spencer da direita.
O Barreiro sentia dificuldades em subir as linhas, o que lhe possibilitaria jogar mais à frente, e errava passes em demasia, fator que contribuía para as saídas rápidas para o ataque, uma das imagens de marca desta equipa.
Aos poucos, os terceirenses foram-se libertando da pressão do adversário. Conseguiram subir o bloco e, com isso, disputar o desafio a meio campo, tornando a partida mais equilibrada, mas a notar-se maior qualidade técnica dos encarnados que, agora com uma maior precisão no passe, lhes conferia um ligeiro domínio que poderia ter resultado em golo quando Jorge cruzou e, ao segundo poste, Miranda por pouco não desviou para o golo.
Com o prélio aberto, seria o Marítimo a encontrar o caminho do golo, através de um remate frontal de César, num bonito momento de futebol. O Barreiro respondeu de pronto, mas não teve a mesma sorte, já que Ivo, com um golpe subtil de cabeça, correspondendo a um cruzamento de Lhuka na direita, levou a bola a bater no poste, saindo para o intervalo em desvantagem.
O Barreiro reentrou determinado em dar a voltar ao resultado, pressionando alto, através de um futebol rápido, obrigando os azuis a recuarem. Todavia, a maior acutilância atacante dos anfitriões deixou alguns espaços na retaguarda que a formação da ilha branca tentava tirar partido.
Numa dessas situações, Moutinho arranca em velocidade pela área dentro e só é travado por Mário, que, já amarelado, vê o segundo e, consequentemente, o encarnado, reduzindo a equipa a dez e dando a possibilidade ao adversário de ampliar o resultado e, eventualmente, sentenciar o vencedor. Porém, Ronaldo, concentrado, defendeu bem, evitando que Gervásio transmitisse maior vantagem à equipa azul.
Com menos uma unidade em campo, a formação do Porto Judeu reorganizou-se, foi mais solidária e batalhadora. Como tal, conseguiu incomodar a defesa do Marítimo, mas o golo teimava em não aparecer. A oito minutos do fim as duas equipas ficam novamente em igualdade numérica.
O Barreiro acredita ainda mais e chega mesmo ao empate, por Ivo, que, desta vez, finalizou superiormente de cabeça. Ganhou ainda mais confiança o coletivo rubro, pressionando cada vez mais, pressão essa que se acentuou na ponta final quando o Marítimo ficou com menos um elemento, mas já não foi a tempo de dar a volta aos acontecimentos.
Arbitragem: fraquinha.
 
Série Açores - 2ª Fase | 7ª Jornada
 
Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Vítor Silva (AF Vila Real)
Assistentes: Tiago Mota e Ruben Clemente
 
Ao intervalo
0-1
 
Barreiro 1
 
Ronaldo
Xiquinho
Mário
João
Nuno
Ivo
José Isidro (cap.)
Jorge
Spencer
Lhuka
(Marco André, 72m)
Marco Miranda
(Bruno, 72m)
Não Utilizados
Anselmo, Hélder, Anselmo Areias, Diogo e Célio
 
Treinador
Hildeberto Vieira
 
Marítimo 1
 
Castro
Anísio
Luís Silva
Edmilson
Tiago
Moutinho
(Luís Carlos, 89m)
Pedro Rodrigues
(Fredy, 73m)
Mário Melo
Ibraime
César
Gervásio
 
Não Utilizados
Artur Picanço, Fábio Picanço e Nelson Melo
 
Treinador
Isidro Beato
 
Disciplina
cartão amarelo para Mário Melo (10m), Mário (38m), Anísio (39m), Edmilson (41m), César (54m), Mário Melo (63m), Jorge (80m) e Ronaldo (86m). Vermelho (acumulação de amarelos) para Mário (53m), Mário Melo (82m) e Edmilson (90m).
 
Marcadores
César (30m) e Ivo (86m).