Pontaria (ainda) desafinada

Tendo em conta que estamos em princípio de época, onde os sistemas táticos ainda não estão assimilados, os dois oponentes tiveram uma agradável prestação com a equipa local a dar sempre o sinal mais, perante um adversário bastante atento nas manobras defensivas e célere nos contra golpes ofensivos, com Gervásio a meter o turbo a fundo para tentar surpreender a defensiva visitada.
Hildeberto Borges começou com um trio ofensivo onde Miranda era o vértice, com o apoio de Larika e Célio nas alas. Com um meio-campo versátil, a equipa da casa empurrava o adversário para a sua área e não hesitava em tentar a sorte de longa distância.
A equipa da Graciosa fechava-se bem na retaguarda e tinha um meio-campo muito laborioso onde Fábio Pomba foi o maestro, mas faltou alguém ao seu lado para dar seguimento às suas boas intervenções. O ex-jogador do Lusitânia só quebrou mesmo na parte final, já esgotado; tal como muitos elementos da sua retaguarda, mas aí valeu ao Marítimo a falta de pontaria dos locais e a portentosa exibição do guardião Jorge Lima. 
A turma visitante jogou sempre na tentativa de exploração da velocidade de homens como Gervásio, ante um adversário que na segunda-parte teve oportunidades mais do que suficientes para selar o triunfo.
No entanto, temos de dar mérito ao organizado conjunto forasteiro que tapou com mestria todos os caminhos da sua baliza, sobretudo na segunda metade da etapa complementar, onde foi autenticamente encostado às cordas.
Ruben jogou à frente da defensiva local e foi ele que estancou grande parte das iniciativas dos graciosenses. Com um claro 4-3-3, o Barreiro foi mais preponderante do que o adversário durante todo o encontro e obrigou o guardião Jorge Lima a um punhado de intervenções de grande nível, se bem que Gervásio, ainda na primeira-parte, tenha assustado Fanika, que sacudiu com os pés um remate do irrequieto jogador.
O jogo, a meio da etapa inicial e no arranque da segunda, conheceu algum equilíbrio com o conjunto da ilha branca a mostrar que podia discutir o resultado, mas foi a turma de Hildeberto Borges que esteve quase sempre por cima, pecando, contudo, na finalização.
Larika falhou o golpe de cabeça em posição vantajosa (67m), Fábio obrigou Jorge Lima à defesa da tarde num desvio de cabeça quase na pequena área (80m) e, já nos descontos, a chapelada de Ivo, perante a saída de Jorge Lima, merecia melhor destino do que o poste da baliza...
Os graciosenses na segunda-parte só assustaram já nos descontos, quando Gervásio não conseguiu dar o melhor seguimento a uma boa iniciativa no corredor esquerdo.
Os jogadores não facilitaram em nada o trabalho da equipa de arbitragem. Houve contacto físico e palavreado em excesso. O árbitro viu-se obrigado a exibir vários cartões, mas cometeu um erro grave ao sancionar como simulação, e respetivo cartão amarelo, uma queda de Gervásio na pequena lua da área do Barreiro.
Ficámos com a ideia de que o atleta forasteiro foi derrubado quando se prestava para ficar isolado. Por isso, o árbitro equivocou-se no jogador a advertir (que seria Mário...) e na cor do cartão a exibir.
 
Liga Meo Açores | 1ª Jornada
 
Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro | Dioclésio Ávila (AFAH).
Assistentes | Márcio Andrade e Diogo Andrade
 
Ao intervalo
0-0
 
Barreiro 0
Fanika
Nélson (cap.)
Mário
Fábio
André
Célio
(Jorge 77m)
Ruben
Honório
(Lhuka, 60m)
Larika
Ivo
Miranda
 
Não Utilizados
Gonçalo, José Isidro, José Vargas, Duarte Cordeiro e André Araújo
 
Treinador
Hildeberto Borges.
 
Marítimo 0
Jorge Lima
Pedro Andrade
Pedro Borges
Mário Melo (cap.)
Armando
Fábio Pomba
Nuno Correia
(Tomé Rocha, 61m)
Rui Jorge
(Nélson Melo, 75m)
Luís Filipe
(Fábio Vicente, 83m)
João Santos
Gervásio
 
Não Utilizado
Artur Picanço
 
Treinador
Rui Cordeiro
 
Disciplina | cartão amarelo para Gervásio (10m), Ruben (44m), Fábio Pomba (51m), Nuno Correia (51m), Mário (62m), Pedro Andrade (83m) e Mário Melo (92m)
 
 

Torneio do Barreiro com três equipas

Naquele que será um de os últimos eventos de pré-temporada, Sport Clube Barreiro (na qualidade de coletividade promotora da iniciativa), Sport Clube Lusitânia e Juventude Desportiva Lajense disputam, entre 19 e 21 do corrente mês de setembro, no Porto Judeu, um torneio triangular, no sistema de todos contra todos.
A prova tem como palco o campo do Barreiro e arranca na sexta-feira, dia 19, com o duelo Lusitânia - Lajense, agendado para as 19:00. No sábado, dia 20, às 17:00, concretiza-se a segunda jornada, na circunstância, com o Barreiro a esgrimir argumentos com o Lusitânia. Por fim, no domingo, dia 21, para a terceira jornada, Barreiro e Lajense enfrentam-se a partir das 17:00.
 
 

Jogo de apresentação do Lusitânia aos sócios e simpatizantes

Num encontro típico de preparação e de início de temporada, o novo timoneiro leonino João Eduardo Alves, no regresso a uma casa que bem conhece, apresentou no onze inicial as novidades Alex como central, Ruben Miranda no meio e Geni na ala esquerda, isto no que diz respeito aos atletas que ingressaram na coletividade este ano. Porém, a grande inovação foi o surgimento de Rui Marques como lateral esquerdo.
Por sua vez, o homólogo do Porto Judeu, Hildeberto Vieira, escalou um "onze" mais conservador, introduzindo apenas no coletivo o regressado Ruben Brito na lateral direita e o jovem Miguel oriundo da equipa do Salão.
O desafio desenvolveu-se numa toada morna, com os atletas a procurarem ter a bola no pé, fazendo-a circular entre os seus companheiros, embora, em termos ofensivos, fosse o Lusitânia a mandar e a impor-se no terreno, mas sem nunca imprimir um ritmo picadinho.
Com o "leão" a impor-se em casa própria, ao minuto sete, Diogo Picanço, em velocidade pelo meio, deixou a concorrência para trás e apontou, sem dificuldades, o primeiro golo do encontro. Quando os verdes aceleraram, conseguiram desequilíbrios e o marcador funcionou.
A vencer, e sabendo que estávamos apenas perante mais um teste de preparação, os atletas obviamente evitaram correr riscos desnecessários. Desta forma, o conjunto lusitanista relaxou um pouco, de tal forma que Ronaldo colocou a bola nos pés de um adversário e o empate não aconteceu por mero acaso.
Com o embate num andamento mais lento, o Barreiro aproveitou para subir no terreno, equilibrando as operações a meio campo, conseguindo, inclusive, conquanto de um modo esporádico, ter mais posse de bola, mas, em boa verdade, não passou disso mesmo.
Em termos ofensivos, a turma alvirrubra foi inconsequente, acabando por ser o emblema anfitrião, sempre que partia de trás para a frente e dava um pouco de corda aos sapatos, a chegar com alguma facilidade à área de Gonçalo, só que, no entanto, também não conseguiu dilatar o marcador nos primeiros 45 minutos.
Como seria de esperar, ao intervalo aconteceram várias alterações nos dois coletivos, embora mais no Lusitânia do que no adversário. As mexidas abanaram a partida, já que o Lusitânia surgiu mais acutilante. Esta audácia leonina conferia-lhe maior volume de jogo ofensivo, daí que Marreta tenha desperdiçado a possibilidade de elevar o marcador na transformação de uma grande penalidade. Derrube de Fábio, que foi expulso, a Diogo Picanço com o dianteiro da rua da Sé a atirar à figura do guardião barreirense.
Com menos uma unidade, o Barreiro experimentou sérias dificuldades, em virtude da quantidade atacante contrária, surgindo, então, com naturalidade o segundo da peleja, apontado por Benjamim.
O Lusitânia por várias vezes ameaçou o terceiro golo, mas este teimou em não aparecer e, com o andar do tempo, aos poucos (embora controlasse totalmente o jogo), a intensidade atacante foi-se diluindo, permitindo ao Barreiro respirar mais tranquilamente, num espetáculo interessante de seguir.
Arbitragem: seguiu os acontecimentos muito à distância. O vermelho a Fábio só se foi de ordem disciplinar.
 
Apresentação do Lusitânia
Estádio João Paulo II
 
Árbitro | Diogo Andrade (AFAH)
Assistentes | Francisco Bettencourt e Gonçalo Silveira.
 
Ao intervalo
1-0
 
Lusitânia 2
Ronaldo
Cris
Alex
Heitor
Rui Marques
Diogo Picanço
José Dias
João Dias
Ruben Miranda
Geni
Nuno Lima (cap.)
 
Jogaram ainda
Lima, Filipe Melo, Celso, Benjamim, Tavares, Marreta, Fábio Silva, Diogo Medeiros, Tomás, Spencer, Ruben Silva e José Pedro. 
 
Treinador
João Eduardo Alves.
 
Barreiro 0
Gonçalo
Ruben Brito
Fábio
Mário
Cordeiro
Jorge
Isidro (cap.)
Miguel
Vasco
Ivo
Larika
 
Jogaram ainda
André Araújo, Honório, Marco Miranda, Fanica, Lhuka e Rui.

Não utilizado
Zé.
 
Treinador
Hildeberto Vieira.
 
Disciplina | Cartão vermelho direto para Fábio (54m).
 
Marcadores | Diogo Picanço (7m) e Benjamim (61m).