Estreia a sofrer golos mas ainda em branco

Sérios incómodos a marcar o arranque da partida entre Barreiro e Sp. Ideal, provocados por uma chuvinha insistente e muito chata para os bancos de suplentes. Certo é que a água não fez escoar o interesse durante os primeiros 45 minutos, duelos sempre com boa intensidade e a penderem para o lado dos encarnados do Porto Judeu. O equilíbrio foi, inegavelmente, a grande chancela da primeira-parte, mas Hildeberto Borges manteve-se fiel ao seu futebol rente ao solo e, durante largos períodos, foi dominando as lutas a meio-campo. As oportunidades de golo surgiram para ambos os lados, com Miranda, aos 38 minutos, a desperdiçar a melhor situação, enviando a redondinha por cima da trave quando estava em zona privilegiada para faturar. Ivo foi capaz de fazer o transporte de bola para o processo ofensivo, mas os micaelenses não se coibiram de tapar volumosamente o espaço à frente da grande-área. Porém, a melhor chance para mexer com o marcador pertenceu ao Ideal, com Amaral a desaproveitar uma grande-penalidade a castigar derrube de André (que já tinha uma amarelo...) sobre Ariston. Justo, todavia, o elogio para o guardião Fanika, que protagonizou uma estirada imponente, adivinhando o lado para onde seguiu o remate do ex-jogador de Lusitânia e Angrense.
 
Primeiros golos sofridos
 
O Sp. Ideal regressou mais empertigado dos balneários, tentando recursos mais condizentes com o estatuto de principal candidato à conquista da segunda edição da Liga Meo Açores. Leo mantinha a proeminência física no espaço central do ataque, “aguentando” muito bem a bola, mas faltava mais jogo exterior para Amaral e para o recém-entrado São Pedro. À escassez de “futebol corrido”, os forasteiros aproveitaram bem um pontapé de canto para chegarem à
vantagem: o central Eurico descobriu uma brecha na pequena-área
para cabecear certeiro. Estavam decorridos quase 60 minutos e os terceirenses, nesta altura, tinham alguma dificuldade em igualar o ímpeto do adversário, que controlava os ritmos com eficácia. O conjunto local não baixou a atitude e a garra, mas nunca foi capaz de esboçar uma verdadeira reação, até porque o cansaço, porventura, já fazia rombos consideráveis. A equipa sofria o primeiro golo da época e ainda encaixou mais um, obra de São Pedro, com uma boa diagonal já na grande-área, atirando ao poste mais distante e sem hipóteses para Fanika. O Barreiro estreou-se a sofrer, mas certo é que volta a ficar em branco ao cabo de três desafios já disputados.
A arbitragem de Paulo Simão não interferiu nem na partida, nem no resultado final, mas não passa com nota positiva. Alguma ingenuidade na análise das chamadas “pequenas faltas”, bem como no capítulo disciplinar, num trabalho com pouca personalidade e demasiados erros. Os assistentes, principalmente o do lado da bancada, também nem sempre foram convictos nas decisões.