Um ponto precioso.

Beneficiando do vento que, por vezes, soprava forte, a formação da ilha montanha entrou melhor no encontro. Teve mais bola e fez-lha circular no meio campo encarnado, mas de uma forma muito mastigada, enfadonha até, permitindo que a equipa da casa controlasse os movimentos adversários sempre longe das redes de Ronaldo, que só sentiu algum aperto em virtude de uma ou outra fífia em causa própria.
O coletivo manietava o jogo ofensivo dos picarotos, mas, ao invés do que é hábito nesta equipa e que ela tanto gosta, jogar de trás para a frente, na fase inicial estas transições teimavam em não sair com a fluidez e desembaraço pretendidos.
Com o decorrer do prélio a tendência foi-se alterando. A equipa do Porto Judeu, paulatinamente, foi esticando o seu jogo de uma forma consistente, equilibrando as forças no miolo, conseguindo, a espaços, impor o jogo rasgado e rápido pelos flancos. A defesa do Prainha começou a cometer erros e, como tal, a criar algumas dificuldades ao guardião Kyle.
Foi um período de maior equilíbrio e o encontro pareceu querer ganhar alguma dinâmica, mas, tal como o sol que brilhou na tarde de sábado, acabou por ser de pouca dura, voltando tudo ao normal, ou seja, um futebol de passes e ideias curtas, que se traduziu numa ausência total de oportunidades claras de golo.
Registe-se pelo meio um lance ou outro mais apertado, mas que não passou disso mesmo, daí que o nulo ao intervalo era perfeitamente justo, em função daquilo que se passou no municipal angrense.
Ao intervalo, Jeremy Maiato mexeu na equipa, trocando Diogo Ávila por Nuno Ventura. Uma troca direta sem alterações táticas, mas agora era o Barreiro a assenhorar-se da partida, demonstrando maior inconformismo e vontade de vencer.
Todavia, seria o Prainha, através de um remate cruzado de fora da área, a criar algum perigo, situação que voltaria a repetir, na execução de um livre direto em posição frontal no interior da meia-lua, só que o remate em jeito de Orlando saiu demasiado alto.
No Barreiro era chegada a altura de mexer no onze e na tática. Apostando numa ação mais ofensiva, Hildeberto Vieira retirou o centro campista Jorge, chamando para o prélio o atacante Lhuka, mas, mesmo com menos uma unidade (expulsão de Lay Diallo), seria, contudo, o Prainha a desperdiçar o golo quando Nuno Ventura cabeceou para a defesa de Ronaldo.
À medida que o jogo caminhava para o final, o Barreiro tornou-se mais inconformado e acutilante, acabando por desperdiçar uma excelente ocasião, quando Ivo e depois Célio, que havia entrado há pouco, não acertaram na bola com a baliza à sua mercê, terminando o desafio como começou, com um nulo que deixa as duas equipas nas mesmas posições e, claro, com o mesmo diferencial pontual.
Lamente-se ainda o infortúnio que bateu à porta de Zé Pedro que, ao cair desamparado, faturou um membro superior.
Arbitragem: regular.

Série Açores - 3.ª Jornada | 2.ª Fase

Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Ricardo Coimbra (AF Braga)
Assistentes: Tiago Mendes e Fernando Cunha

Ao intervalo
0-0

Barreiro 0

Ronaldo
Nelson (cap.)
Fábio
(Célio, 89m)
Nuno
Nobita
(Bruno R., 80m)
Ivo
José Isidro
Jorge
(Lhuka, 62m)
Spencer
Miranda
Hélder

Não Utilizados
Bruno, Xiquinho, João Ávila e Mário.

Treinador
Hildeberto Vieira.

Prainha 0
Kyle
Orlando
Lucas
(Kelvin, 89m)
Luís Machado
Meta
Zé Pedro
(Wilson Miranda, 69m)
Sidnei
João Frazão
Lay Diallo
Moía
Diogo Ávila
(Nuno Ventura, 45m)

Não Utilizado
Luís Carlos.

Treinador
Jeremy Maiato.

Disciplina
Cartão amarelo para Lay Diallo (22m), Jorge (43m), Nobita (55m), Hélder (65m) e Miranda (70m). Cartão vermelho para Lay Diallo (67m).

Marcadores: não houve.
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