A consistência de um domador de leões

Após a derrota averbada na jornada anterior no municipal de Angra, frente ao Marítimo, o sorteio ditou novo jogo consecutivo em casa e com novo conjunto da ilha branca, na circunstância os leões de Guadalupe, que estreavam o novo técnico.
A equipa visitante desde o início confirmou as indicações que já havia deixado anteriormente na sua deslocação à Terceira, praticando um futebol assente na posse e circulação de bola, controlando e dominando o jogo, mas evidenciando lacunas no último passe e no momento da decisão, voltando a acumular erros defensivos primários que lhe custariam ficar em desvantagem ao minuto 18, na primeira vez que o Barreiro criou uma situação para marcar, revelando, neste contexto, os encarnados uma elevada dose de eficácia na finalização.
Com efeito, a equipa do Porto Judeu, ao longo de praticamente toda a primeira parte, andou atrás da linha da bola, procurando partir para o ataque de trás para a frente, através de passes mais diretos e diagonais para as alas e, posteriormente, destas para o interior, através de um jogo simples mas eficaz, como aconteceu no primeiro golo do jogo, com Célio a cruzar na direita e Larika, em boa posição e livre de marcação, a fazer o golo de cabeça.
Um minuto depois, Márcio teve nos pés a possibilidade do empate, mas Fanika, com uma boa intervenção, não o permitiu.
A partir da meia-hora, os terceirenses cresceram mais no jogo, passando o mesmo a desenrolar-se numa toda mais equilibrada a meio-campo, com ligeiro ascendente encarnado que seria, no entanto, o suficiente para Larika bisar em moldes idênticos só que, desta feita, a bola é metida para o interior da área através de um lance de bola parada, voltando o conjunto graciosense a estender a passadeira ao atacante do Porto Judeu para bisar, colocando a sua equipa numa vantagem confortável ao intervalo.
Os forasteiros regressaram ao jogo com a intenção de encurtar distâncias no marcador, mas foi o Barreiro a aumentá-lo por Ivo, que aproveitou bem uma oferta do adversário para o dilatar e arrumar definitivamente com a questão do vencedor, até porque pese toda a boa vontade e empenhamento demonstrado pelo Guadalupe, a equipa perdeu claramente coesão coletiva e força anímica, permitindo aos anfitriões gerirem o jogo da forma que melhor lhe convinha, sem pressas e sobressaltos.
Arbitragem
Com o vencedor encontrado e num jogo pacífico, Hugo Teixeira, com uma advertência exagerada a Aranha num lance fortuito a meio-campo, quando a bola lhe foi ao braço, desencadeou um coro de protestos dentro e fora das quatro linhas, que culminou com a expulsão de José Isidro e Hildeberto Vieira. Neste contexto, como é lógico, não podemos aferir do conteúdo e termos dos mesmos por isso o benefício da dúvida ao árbitro.

Liga Meo Açores | 11.ª jornada

Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Hugo Teixeira (AFAH)
Assistentes: Dioclécio Ávila e Diogo Andrade

Ao intervalo
2-0.

Barreiro 3

Fanika
Nelson (Cap.)
Gilberto
(Mário, 90m)
Fábio
André
Célio
José Isidro
Chibante
Nobita
(Duarte, 63m)
Ivo
Larika
(Aranha, 72m)

Não Utilizados
Gonçalo, Nicolai, Xiquinho e Ruben

Treinador
Hildeberto Vieira

Guadalupe 0

Celso
Pedro Silva
Duarte
(César Espínola, 80m)
Chalana
(Alex, 57m)
Salema
Jorge (Cap.)
Amonike
(Cláudio Silva, 70m)
Ceninho
Canigia
Miranda
Márcio

Não Utilizado
Nuno

Treinador
Marco Teixeira

Disciplina
amarelos a Ceninho (33m), Fábio (58m), Miranda (59m), Aranha (73m) José Isidro (73m), Márcio 87m), Duarte (93m) e André (93m). Expulsão a José Isidro (73m) e Hildeberto Vieira (73m)

Marcadores
Larika (18m, 34m), Ivo (52m)