Nulo em ideias expresso no marcador

Barreiro e Prainha efetuaram uma primeira parte de futebol morno, na tarde algo friorenta do passado domingo. Foram quarenta e cinco minutos de futebol insípido, sem a chama e o calor dos lances perigosos junto das áreas.
O Prainha, com um onze de porte atlético mais alto e com um futebol mais rendilhado, revelou-se a equipa com maior posse de bola, mas o seu jogo, algo lento e sobretudo muito previsível, foi sempre bem anulado pelos pupilos de Hildeberto Vieira que, exemplarmente bem organizados e distribuídos no terreno, estavam sempre no caminho da bola, evitando que a mesma chegasse com perigosidade às redes confiadas a Gonçalo Toste. A exceção aconteceu ao minuto dezasseis, mas Sidnei, em ótima posição, atirou forte, mas por cima das redes do guardião terceirense.
Os encarnados, fiéis ao seu sistema, aceitaram naturalmente este maior controlo aparente do encontro por parte do adversário, procurando desgastá-lo, enervá-lo e surpreendê-lo através de passes longos e de cruzamentos rápidos para o interior da área, só que, por vezes, o último passe não saia bem e com isso o tempo de jogo arrastou-se sem que a equipa do Porto Judeu criasse situações para marcar, excetuando-se um lance devidamente delineado de futebol envolvente, onde Vasco Pereira apareceu a efetuar um desvio, mais casual do que intencional, em zona frontal dentro da área de baliza. Acontece que, atento, Pirata resolveu sem grandes dificuldades.
Apesar de subir mais no terreno e de ter mais posse de bola na última dezena de minutos do primeiro tempo, a formação rubra não foi capaz de criar dificuldades a Pirata, sendo, no entanto, um tónico motivador para a etapa complementar, o que efetivamente sucedeu.
Os terceirenses reapareceram em campo mais ofensivos, procurando marcar o mais rapidamente possível e Pirata teve de se empenhar a fundo para suster um remate cruzado, traiçoeiro, ao poste mais distante. Pouco depois é a cabeça de um defesa da ilha Montanha a desviar a trajetória de um remate cheio de intencionalidade de Nobita.
Foi, de facto, um bom recomeço, só que, embora mantendo um pendor mais atacante, o adversário conseguiu defender mais à frente, evitando a pressão junto da área, não conseguindo, todavia, evitar que os encarnados lhes criassem alguns problemas, resultando, num deles, um ressalto dentro da área, em que a bola foi ao braço do atleta do Pico.
O Prainha procurou responder e Sidnei coloca à prova a rapidez de reflexos de Gonçalo Toste, com este a responder de pronto e com eficácia.
Com a entrada de Flávio Gomes, o jogo mexeu mais para os lados da formação da casa. O extremo terceirense foi, na realidade, um elemento desequilibrador, mas foi curiosamente do outro lado que vieram dois cruzamentos perigosos, aos quais Ivo não foi capaz de desfazer o nulo, numa ponta final de domínio anfitrião, mas que não seria o suficiente para desfazer o nulo.
Arbitragem: regular.

Liga Meo Açores| 13.ª Jornada

Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Márcio Duarte (AFAH)
Assistentes: João Silva e Diogo Andrade

Ao intervalo
0-0

Barreiro 0

Gonçalo Toste
Nelson Rocha (cap.)
Mário Cota
Nobita
Jorge Ferreira
(Flávio Gomes, 61m)
Ivo Tavares
Célio Gonçalves
(Nicolai, 88m)
José Isidro
Vasco Pereira
André Chibante
(Larika, 85m)
Fábio Almeida

Não Utilizados
Fanika, André Macedo, André Rebelo e Duarte Cordeiro

Treinador
Hildeberto Vieira

Prainha 0

Pirata
Ivo Fraga
Rodrigo
(João Rodrigues, 45m)
Moía
Orlando (cap.)
Luquinhas
(Nuno Ventura, 73m)
Luciano Serpa
Zé Pedro
Sidnei
Edi
(Léniro Spencer, 88m)
Diogo Ávila

Não Utilizado
Michel Oliveira

Treinador
Jeremy Maiato.

Disciplina
Cartão amarelo para Jorge Ferreira (21m), Rodrigo (29m), Nelson Rocha (58m), Orlando (68m) e Mário Cota (71m)