Vitória justa e... Com muita Larika

Barreiro e Lajense, emblema da ilha Montanha, rubricaram uma primeira parte maioritariamente lenta, com um futebol muito previsível, pachorrento e sem ideias, que se traduziu em apenas duas ocasiões possíveis para fazer funcionar o marcador, uma para cada lado.
Primeiro para as cores encarnadas, com Célio a ser bem servido pela zona frontal, a entrar dentro da área, mas a não ser capaz de bater Miguel Leal. Respondeu o Lajense, através de uma bola bombeada para o interior da área, valendo Fanika com uma palmada no esférico, a enviá-lo por cima do travessão.
Pelo meio, o jogo ficou reduzido a algum equilíbrio na zona do miolo, setor onde a formação do Pico ganhou claramente supremacia, mas depois faltou profundidade ao seu futebol para dar maior fulgor e consistência ofensiva.
Rafael Cardoso, a atuar nas costas do ponta de lança, ainda tentou remar contra a maré, mas, muito desapoiado, pouco conseguiu. Mesmo assim, a formação visitante foi a que mais cantos amealhou, só que também não retirou dividendos desse fator.
Os encarnados estiveram bem nas ações defensivas, mas denotaram dificuldades na circulação e construção de jogo. O meio campo nunca se impôs, por isso teve dificuldades em ter bola e, sem ela, obviamente que, depois, os homens da frente não se alimentam.
As intervenções de os dianteiros da casa no encontro ficaram a dever-se em maior número aos passes longos, situação de jogo que esta equipa tão bem sabe fazer. Registe-se, todavia, uma melhoria global da performance encarnada nos últimos minutos da primeira parte.
A equipa subiu, então, o bloco, encostou o adversário à retaguarda e, deste modo, a circulação de bola afluiu em maior número, levando o conjunto a conquistar vários cantos, embora não fosse o suficiente para fazer funcionar o marcador.
O segundo tempo trouxe um Barreiro mais expedito e pressionante, na linha, aliás, do que havia sucedido na ponta final da primeira etapa. Assumindo, agora, claramente as despesas do encontro de uma forma desinibida, a equipa do Porto Judeu, com Larika em evidência, começou a colocar problemas defensivos a Miguel Leal e companhia.
Neste contexto, Larika, aos sessenta minutos, tem uma oportunidade clara para marcar, mais aí valeram os pés do guardião do Pico a safar o perigo. Pouco depois, o avançado encarnado introduziu mesmo o esférico na baliza adversária, só que não contou por estar fora-de-jogo.
Contudo, praticamente a seguir, servido a preceito por Ivo, desta feita Larika marcou mesmo, colocado a sua equipa na frente.
Em vantagem, a formação terceirense adquiriu maior tranquilidade para gerir mais e melhor os acontecimentos. Foi o que fez, nem sempre da melhor maneira, é certo, mas foi, no entanto, o suficiente para garantir o primordial objetivo, ou seja, a soma dos pontos em disputa pela totalidade.

Arbitragem: Trabalho de qualidade

Liga Meo Açores | 17ª Jornada

Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Artur Teixeira (AFAH)
Assistentes: Luciano Rocha e Rui Freitas

Ao intervalo
0-0

Barreiro 1

Fanika
Nelson (cap.)
Gilberto
Fábio
(Ruben, 69m)
Nobita
Célio
José Isidro
Chibante
Larika
(Nicolai, 90m)
Ivo
Vasco
(Aranha, 84m)

Não utilizados
Gonçalo, Mário, Jorge e Rodrigo

Treinador
Hildeberto Vieira

Lajense 0

Miguel Leal
Filipe Melo (cap.)
Pedro Silveira
João Marcos
Marco Melo
(Hugo Leal, 75m)
Edgar Vieira
Nicolau Silveira
Tiago Rebelo
Dylan Madruga
(Everaldo Soares, 75m)
Rafael Cardoso
(Ricardo Rocha, 86m)
Luís Silva

Não utilizado
Guilherme Ponte

Treinador
Celestino Ribeiro

Disciplina
Cartão amarelo para Marco Melo (40m), Tiago Rebelo (45m), Fábio (55m), Larika (58m), João Marcos (66m), Luís Silva (79m) e Nicolai (90+1m).

Marcador
Larika (65m)