Sem vencer e marcar na presente edição da Liga Meo Açores (três empates e uma derrota, 0-2 em golos), o Barreiro procurava, como tal, a primeira vitória frente aos "leões" da Graciosa. No entanto, a equipa do Porto Judeu viu a vida a andar para trás ao minuto dezanove, quando o pequeno Flávio Silva ganhou um lance aéreo dentro da área, fazendo a redondinha entrar pelo lado oposto do guardião Fanika.
Aliás, diga-se que, nesta altura do encontro, este desfecho aceitava-se plenamente, em virtude da maior posse de bola e volume de jogo ofensivo dos graciosenses, que já haviam ameaçado, obrigando mesmo Fanika a empregar-se a fundo com uma excelente tirada, evitando o golo forasteiro ainda mais cedo.
Os locais sentiam imensas dificuldades em adquirir supremacia na zona intermediária, daí que não fossem capazes de arquitetar volume de futebol ofensivo para criar embaraços defensivos ao adversário. As exceções foram dois lances individuais, um pela zona frontal de Ivo, que evitou vários adversários mas depois perdeu o tempo de remate, e, posteriormente, Lhuka tem um excelente trabalho pela direita no interior da grande-área, mas, depois, faltou quem desse a melhor finalização à sua ação.
De resto, até ao final do primeiro tempo, o Guadalupe controlou e dominou o prélio, com o Barreiro a melhorar ligeiramente perto do intervalo, o que poderia indiciar algo de mais agradável para a etapa complementar.
Os encarnados confirmaram as melhorias evidenciadas no final do primeiro tempo, entrando no segundo determinados em dar a volta ao texto, contribuindo para o efeito a chamada de Larika, com o intuito de oferecer maior profundidade ao ataque. Esta maior audácia anfitriã daria frutos rapidamente, através de um irrepreensível livre apontado na zona frontal por Lhuka, restabelecendo, então, a igualdade.
Empate que demoraria pouco, já que, quatro minutos volvidos, o Guadalupe passaria novamente para a frente, graças a um tento apontado por Caniggia. Todavia, a vantagem aguentaria poucos minutos, porque Miguel colocaria outra vez a divisão de pontos no encontro.
A partida atravessava o seu melhor período, com os dois conjuntos com os olhos postos nas balizas adversárias, numa toada atacante, sem grandes rigores defensivos, o que abria, simultaneamente, mais espaços no terreno, permitindo um aumento dos índices de recortes técnicos.
Claro que esta postura tornou o desafio mais eletrizante, atrativo e de resultado incerto, pois a qualquer momento o marcador poderia mexer para ambos os lados.
A faltar uma dúzia de minutos para o apito derradeiro do árbitro, o Barreiro, nesta fase do jogo com claro sinal mais, colocar-se-ia pela primeira vez na liderança, por Araújo, que surgiu a propósito no interior da área e, através de um mergulho de peixe, cabeceou para a primeira vitória dos encarnados na magna competição.
Arbitragem: regular.
Liga Meo Açores | 5ª Jornada
Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro | André Almeida (AF Ponta Delgada)
Assistentes | Pedro Cabral e Rui Cabral
Ao intervalo
0-1
Barreiro 3
Fanika
Nelson (cap.)
Araújo
Fábio
(Jorge, 13m)
David
Célio
(Larika, 45m)
Ruben
José Isidro
Lhuka
Ivo
Miguel
(André Chibante, 74m)
Não utilizados
Gonçalo, Miranda, Duarte e Honório
Treinador
Hildeberto Vieira
Guadalupe 2
Celso
José Silva
Abdulai
Mateus
Flávio Picanço
Jorge (cap.)
Énio
Seninho
Caniggia
Maurílio
Flávio Silva
(César Truck, 82m)
Não utilizados
Nuno Medeiros e Fábio Picanço
Treinador
António Nunes
Disciplina | Cartão amarelo para Mateus (26m), Ruben (35m), Gonçalo (57m), Jorge (65m), Fanika (90+2m), Celso (90+3m), José Silva (90+3m) e Larika (90+4m). Acumulação de amarelos para Mateus (84m), seguido de encarnado