Vantagem roubada trancas à porta...

Larika no espaço central do ataque, Célio e Lhuka pelas faixas, com Ivo a vagabundear nas zonas dos desequilíbrios, foi o Barreiro a assumir uma toada de ataque continuado durante o arranque da partida. Ainda assim, apesar da injeção de moral encaixada na última ronda (goleada por 5-1 ao Flamengos), os lances de perigo escassearam nos primeiros 20 minutos. Ruben, a meio-campo, viu o amarelo logo ao minuto seis.
Nesta altura, as exceções foram uma abertura de Lhuka que quase chegava a Célio e uma má abordagem de Larika, já dentro da grande-área do Vale Formoso. Sem vencer há sete jogos consecutivos, incluindo os últimos desafios da primeira fase, a turma de S. Miguel teve alguma dificuldade para se estender em campo, limitando-se a alívios longos para as unidades da frente.
Ocasiões a sério só a partir dos 25 minutos e todas para o Barreiro. Primeiro num remate de Ivo, a uns bons 30 metros, que quase traía Rabiça. Depois foi Célio, em três lances quase consecutivos, a ficar apenas a uns pózinhos da festa.
Agora sim o jogo ganhava maior emoção e foi, curiosamente, o Vale Formoso a abrir as hostilidades: livre de Feixona, em zona frontal, bom golo para a turma das Furnas aos 33 minutos. A resposta do Barreiro foi de alto nível: José Isidro subiu no terreno, rematou com vontade e consumou o empate quatro minutos volvidos, mesmo contando com um ressalto de bola; ao minuto 42, mais um livre, agora para Lhuka, gesto técnico perfeito e reviravolta no marcador.
 
AGUENTAR
O Vale Formoso regressou atrevido dos balneários, até porque, em caso de derrota, seria ultrapassado na tabela classificativa pela formação do Porto Judeu. Barreiro que, em vantagem, tentou colocar maior pensamento na abordagem ao jogo, ciente, certamente, da importância dos três pontos na luta pela manutenção na Liga Meo Açores.
Os forasteiros mudaram um pouco a sua estrutura com a entrada de Tercinho e foi Salvador, aos 16 minutos da segunda-parte, a dar o primeiro sinal de inconformismo. Logo depois, foi mesmo Tercinho a rematar com muito perigo.
Jogo, agora, em alta rotação, mas também a ficar um pouco "partido". Ivo, por duas vezes, não foi capaz de esticar o contra-ataque, isto quando era o Vale Formoso a assumir, quase em permanência, as despesas de ataque.
O estoicismo da formação do Barreiro foi falando mais alto, a par de um bom rigor tático, não obstante uma partida com os nervos em franja. Muito disputada a segunda-parte, mas nem sempre bem jogada. Hildeberto Borges vê a equipa subir na classificação. Vale Formoso faz precisamente o percurso inverso.
Tarde muito complicada para Paulo Simão, num desafio sempre com imensos contatos. Aliás, com mais rigor, até poderiam ter saído mais cartões. Certo é que o árbitro não foi seguro nos apitos, daí também os vários erros de análise, especialmente durante a segunda-parte.

Liga Meo Açores | 3ª Jornada (2ª Fase)
 
Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro: Paulo Simão (AFAH)
Assistentes: Luís Silveira e Márcio Duarte
 
Ao intervalo
2-1
 
Barreiro 2Rui Santos
Nelson (cap.)
(David, 71m)
Mário
(Araújo, 65m)
Fábio
André
Ruben
Larika
José Isidro
Lhuka
Ivo
Célio
(Jorge, 89m)
 
Não utilizados
Fanika, Miranda, Vasco e José António
 
Treinador
Hildeberto Borges
 
Vale Formoso 1
Rabiça
Valério
(Aurínio, 63m)
Júlio Sousa
Maradona
Leandro
Alexandre Melo
(Tercinho, 57m)
Besugo
Feixona
Tozé
(Jorge Cabral, 88m)
Salvador
Vítor Sousa (cap.)
 
Não utilizados
César Brito e Mota
 
Treinador
Pedro Costa
 
Disciplina | cartão amarelo para Ruben (6m), Feixona (29m), Lhuka (34m), Salvador (36m), Besugo (50m), Nelson (66m), José Isidro (81m), Aurínio (85m), Vítor Sousa (90m+5) e Leandro (90m+5)
Marcadores | Feixona (33m), José Isidro (37m) e Lhuka (42m)