Corria o ano de 2000 quando Eurico Martins se "transferiu" para o Sport Clube Barreiro. Hoje, 13 longas temporadas depois, continua a entregar-se de corpo e alma à popular coletividade do Porto Judeu. E é com o coração que o atual presidente vive o clube. O cansaço pesa e as dificuldades para promover a sempre necessária renovação dos quadros diretivos são um obstáculo tremendo, mas há uma paixão que fala mais forte, que faz de cada mandato uma obrigação sucessiva. Eurico está a cumprir o terceiro e não esconde o desejo de fazer uma pausa depois de mais de uma década de autêntico voluntariado. Mas há uma mística, diz-nos, que o faz continuar.
Eurico Martins sempre viveu o futebol como uma atividade apaixonante. Não foi um génio enquanto correu atrás da redondinha pelos antigos pelados da ilha, mas "fez a sua perninha" durante uns bons anos no Marítimo do Corpo Santo. Começou com 13 primaveras e parou aos 21. Mas não se desligou da modalidade. Também foi árbitro e treinador na formação, primeiro no Carioca Futebol Clube. Depois começa a escrever a sua história, hoje já longa, no Barreiro. Com o curso de Nível I, foi adjunto na equipa principal que conquistou o Campeonato da Ilha Terceira de Seniores em 2003/04 e que garantiu a estreia na Série Açores da 3.ª Divisão Nacional.
No Barreiro, foi durante largos anos secretário do clube, espécie de rampa de lançamento para o cargo principal, o de presidente. É, aos 39 anos, o principal rosto da coletividade, que conhece a fundo. É com carinho que a descreve. "O Barreiro é um clube que representa muito para o Porto Judeu e, neste momento, as entidades da freguesia têm apoiado imenso, desde a Junta à Casa do Povo. Uma palavra de agradecimento para estas pessoas. Vive-se no Barreiro um espírito de família e só desta forma é possível ultrapassar obstáculos. Há uma mística de amizade, mas também de exigência, muito grande neste clube e os próprios atletas a sentem. Talvez seja também por isto que continuo. Já várias vezes alertei para a necessidade de uma renovação, mas acabo sempre por ficar mais um ano, fazendo mais um esforço, junto com todos os meus colegas de direção", comenta o dirigente encarnado.
Renovar é algo imperioso, na opinião de Eurico Martins. Trazer novas ideias, nova vitalidade e um pouco de descanso a quem tem dado muito si durante um longo período. Mas não é um processo fácil. As pessoas não se mostram disponíveis pa assumir cargos diretivos, quer em instituições desportivas, quer em organismos que atuam noutras áreas da sociedade terceirense e açoriana. Estas dificuldades, assume o presidente do Barreiro, podem significar o fecho de portas: "Não só no desporto, como em outras atividades, encontrar pessoas para assumir cargos de direção é sempre um enorme problema, pois ninguém mostra disponibilidade para assumir estas funções. Qualquer dia chegamos ao ponto em que os clubes não têm pessoas para abrir as portas".
Falar do Barreiro é falar em conquistas. E, para Eurico Martins, a manutenção na Série Açores de futebol na temporada de 2012/13 foi uma grande conquista para o clube. Os encarnados do Porto Judeu já tinham competido neste escalão em duas ocasiões, sempre com um desfecho menos agradável. A história mudou. "Entrámos em prova com uma equipa praticamente do regional, apenas com alguns ajustes, e o nosso grande objetivo passava pela manutenção. Isso foi conseguido com sucesso graças ao enorme trabalho da equipa técnica e jogadores. Penso que foi um objetivo mais do que conseguido. Talvez pudéssemos ter melhorado o 7.º lugar, mas, na verdade, essa não foi uma preocupação a partir do momento em que garantimos a permanência. A manutenção sempre foi o mais importante e isto foi conseguido, volto a repetir, com muito trabalho", frisa Eurico Martins.
O líder do Barreiro destaca a mística que se vive no clube, algo que é identificado quer no balneário, junto dos jogadores e equipa técnica, quer na direção. "Somos uma equipa de freguesia, que encontra sempre imensas dificuldades para competir com outros adversários, apetrechados com plantéis muito superiores. Tentamos, todavia, praticar bom futebol. Esta é uma característica do nosso treinador e do próprio clube. Desde a formação até aos seniores que tentamos incutir esta filosofia em todas as equipas. Há no clube uma mística de muita amizade, capaz de criar uma união bastante forte. Somos um grupo de amigos, estamos juntos há muitos anos e compreendemo-nos na perfeição", refere.
O futuro do Barreiro é o novo Campeonato de Futebol dos Açores. O plantel vai sofrer alterações, até porque algumas das principais referências estão de saída para outros emblemas, mas Eurico Martins garante que "o trabalho será feito". Hildeberto Vieira mantém-se como treinador "até ao fim" e o grupo de trabalho volta a ser o espelho da juventude. Oportunidades que o clube tem proporcionado e que alguns jovens têm agarrado. Um risco, reconhece Eurico, mas é esta a realidade de um "clube de freguesia".
Eurico Martins sempre viveu o futebol como uma atividade apaixonante. Não foi um génio enquanto correu atrás da redondinha pelos antigos pelados da ilha, mas "fez a sua perninha" durante uns bons anos no Marítimo do Corpo Santo. Começou com 13 primaveras e parou aos 21. Mas não se desligou da modalidade. Também foi árbitro e treinador na formação, primeiro no Carioca Futebol Clube. Depois começa a escrever a sua história, hoje já longa, no Barreiro. Com o curso de Nível I, foi adjunto na equipa principal que conquistou o Campeonato da Ilha Terceira de Seniores em 2003/04 e que garantiu a estreia na Série Açores da 3.ª Divisão Nacional.
No Barreiro, foi durante largos anos secretário do clube, espécie de rampa de lançamento para o cargo principal, o de presidente. É, aos 39 anos, o principal rosto da coletividade, que conhece a fundo. É com carinho que a descreve. "O Barreiro é um clube que representa muito para o Porto Judeu e, neste momento, as entidades da freguesia têm apoiado imenso, desde a Junta à Casa do Povo. Uma palavra de agradecimento para estas pessoas. Vive-se no Barreiro um espírito de família e só desta forma é possível ultrapassar obstáculos. Há uma mística de amizade, mas também de exigência, muito grande neste clube e os próprios atletas a sentem. Talvez seja também por isto que continuo. Já várias vezes alertei para a necessidade de uma renovação, mas acabo sempre por ficar mais um ano, fazendo mais um esforço, junto com todos os meus colegas de direção", comenta o dirigente encarnado.
Renovar é algo imperioso, na opinião de Eurico Martins. Trazer novas ideias, nova vitalidade e um pouco de descanso a quem tem dado muito si durante um longo período. Mas não é um processo fácil. As pessoas não se mostram disponíveis pa assumir cargos diretivos, quer em instituições desportivas, quer em organismos que atuam noutras áreas da sociedade terceirense e açoriana. Estas dificuldades, assume o presidente do Barreiro, podem significar o fecho de portas: "Não só no desporto, como em outras atividades, encontrar pessoas para assumir cargos de direção é sempre um enorme problema, pois ninguém mostra disponibilidade para assumir estas funções. Qualquer dia chegamos ao ponto em que os clubes não têm pessoas para abrir as portas".
Falar do Barreiro é falar em conquistas. E, para Eurico Martins, a manutenção na Série Açores de futebol na temporada de 2012/13 foi uma grande conquista para o clube. Os encarnados do Porto Judeu já tinham competido neste escalão em duas ocasiões, sempre com um desfecho menos agradável. A história mudou. "Entrámos em prova com uma equipa praticamente do regional, apenas com alguns ajustes, e o nosso grande objetivo passava pela manutenção. Isso foi conseguido com sucesso graças ao enorme trabalho da equipa técnica e jogadores. Penso que foi um objetivo mais do que conseguido. Talvez pudéssemos ter melhorado o 7.º lugar, mas, na verdade, essa não foi uma preocupação a partir do momento em que garantimos a permanência. A manutenção sempre foi o mais importante e isto foi conseguido, volto a repetir, com muito trabalho", frisa Eurico Martins.
O líder do Barreiro destaca a mística que se vive no clube, algo que é identificado quer no balneário, junto dos jogadores e equipa técnica, quer na direção. "Somos uma equipa de freguesia, que encontra sempre imensas dificuldades para competir com outros adversários, apetrechados com plantéis muito superiores. Tentamos, todavia, praticar bom futebol. Esta é uma característica do nosso treinador e do próprio clube. Desde a formação até aos seniores que tentamos incutir esta filosofia em todas as equipas. Há no clube uma mística de muita amizade, capaz de criar uma união bastante forte. Somos um grupo de amigos, estamos juntos há muitos anos e compreendemo-nos na perfeição", refere.
O futuro do Barreiro é o novo Campeonato de Futebol dos Açores. O plantel vai sofrer alterações, até porque algumas das principais referências estão de saída para outros emblemas, mas Eurico Martins garante que "o trabalho será feito". Hildeberto Vieira mantém-se como treinador "até ao fim" e o grupo de trabalho volta a ser o espelho da juventude. Oportunidades que o clube tem proporcionado e que alguns jovens têm agarrado. Um risco, reconhece Eurico, mas é esta a realidade de um "clube de freguesia".