União de Lamas mais adulto.

Ainda nem todos os jogadores tinham tido o privilégio de tocar na redondinha e já o alfacinha Ricardo Oliveira exibia a cartolina amarela a Quirino, por simulação dentro da área, marcando a sua posição logo no primeiro minuto.
Quem, igualmente, também marcou posição, mas ao terceiro minuto de jogo, foi o Lamas, abrindo o ativo por intermédio de Xavi, que aproveitou uma falha de marcação para visar as redes de Ronaldo, beneficiando de um ressalto num atleta encarnado.
Era o início de um desafio prometedor, já que Marco André igualou, através de um remate em arco fora da área, levando o esférico a entrar na gaveta de David, num golo de bandeira. Motivados, os anfitriões poderiam ter dado a volta ao texto, por Lhuka, mas Adelino, sobre o risco, evitou o golo insular.
Volvidos os primeiros minutos loucos, o prélio entrou então numa fase mais calculista, pois as pedras começaram a encaixar-se e a conhecer as virtudes e defeitos mútuas, passando os dois conjuntos para uma fase de construção de trás para a frente, com o Barreiro bem arrumadinho, onde Nuno Lima movia uma eficaz marcação ao brasileiro Diones e Hélder não dava um palmo de terreno a Quirino, as unidade mais avançadas do Lamas.
Com posições clássicas e conservadoras no terreno, apenas Lhuka e Célio, nas alas, tinham liberdade para inverter as posições e o experiente Paulo Miranda, com grande liberdade de ação nas costas de Marco Miranda, era uma espécie de vagabundo, percorrendo todo o último terço do terreno.
O pé esquerdo de Lhuka, em posição frontal, foi traído por uma intervenção de David a evitar outra vez o golo ao Barreiro, e o duelo só voltaria a ganhar vida na reta final do primeiro tempo, por intermédio de duas jogada simples de futebol, corrido pelas alas, aparecendo Xavi e depois Castro a entrarem de rompante e a finalizarem com êxito. Lacunas que o treinador Hildeberto Vieira precisa de resolver, atendendo a que alguém tem de acompanhar e tapar as entradas de trás para a frente.
O segundo tempo acabou por ser monótono, com o Lamas a controlar e a jogar no erro dos terceirenses, que nunca se entregaram e viram o árbitro deixar passar uma mão marota dentro da área que, caso resultasse numa grande penalidade convertida, relançaria o encontro. Como tal não sucedeu, a peleja permaneceu insonsa, até que Lhuka é derrubado dentro da área e, à segunda, consegue bater David.
Jogo relançado, o Barreiro cresce e encosta o Lamas às cordas, mas faltou uma pontinha de sorte.
Arbitragem: sofrível.
 
Taça de Portugal - 2ª Eliminatória
 
Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Ricardo Oliveira (AF Lisboa)
Assistentes: Martinho Rodrigues e Filipe Silva
 
Barreiro 2

Ronaldo
Nelson (cap.)
Nuno Lima
José Isidro
Marco Fernandes
(Nobita, 73m)
Hélder
Marco André
(Fábio Almeida, 67m)
Célio
(Spencer, 67m)
Paulo Miranda
Lhuka
Marco Miranda
 
Suplentes não utilizados: Anselmo Falcão, Bruno Rodrigues e Chiquinho.
Treinador: Hildeberto Vieira.

União de Lamas 3

David
Couto
Mendes
Adelino
David II
Américo (cap.)
Castro
Tiago
Xavi
Quirino
(Kaká, 73m)
Diones
(Fábio Raul, 87m)
 
Suplentes não utlizados: Hélio, Rafa e Tavares.
Treinador: Carlos Manuel.
 
Disciplina: cartão amarelo para Quirino (1m), Diones (58m), Ronaldo (59m), Nelson (62m) e Tiago (78m).
 
Marcadores: Xavi (3 e 43m), Marco André (8m), Castro (45m) e Lhuka (79m).