Barreiro 2 x Vale Formoso 3 [Vídeo]


Pouco serve atacar muito se a defesa é distraída

Pode estranhar-se mas o Barreiro parece vítima do seu próprio campo. Fica a sensação que a equipa foi preparada, em termos de estilo de jogo, para um retângulo mais amplo que o seu. Na partida com o Vale Formoso foi nítido a necessidade de alargar e esticar o jogo sem que fosse possível. Os homens de Porto Judeu até fizeram os primeiros 15 minutos com grande desenvoltura. Vasco e José Isidro não deixavam Mestre respirar, obrigando Besugo a ações de socorro em situação de perda de bola. Só que o perigo criado pelos barreirenses foi essencialmente em situações de bola parada e quase sempre por Rúben. O médio defensivo além de possuir boa impulsão era esquecido no esquema de marcações da formação das Furnas.
Foi sem grande surpresa que o primeiro golo do Barreiro tivesse sido apontado de cabeça por Rúben na sequência de um livre. Quando se esperava que a vantagem no marcador trouxesse ventos favoráveis que proporcionassem a tranquilidade necessária para a gestão do próprio jogo aconteceu precisamente o contrário. A coletividade alvirrubra pareceu enervar-se com a possibilidade do adversário empatar. O posicionamento de Gervásio em zonas interiores baralhou os comandados de Hildeberto Borges porque afunilou o jogo e puxou David para dentro. Mas a intenção era em contra-ataque explorar o espaço do flanco com diagonais para fora ou abrir caminho à descida do lateral.
Quando Gervásio empatou aos 31 minutos as dificuldades do Barreiro aumentaram. Os laterais André e David não subiam, deixando Lhuka e Célio muito desamparados e com linhas de passe cortadas. Isso forçou a que o futebol fosse muito decidido no centro do terreno, onde Feixona e Besugo ditavam leis.
O técnico do Barreiro para tentar ter mais bola fez recuar Ivo e adiantar Vasco e certo é que equilibrou as operações em termos de percentagem de posse. Só que o Vale Formoso tem jogadores experientes no ataque e na segunda oportunidade que dispôs concretizou o seu segundo tento, por intermédio de Feixona, mesmo em cima do apito para o intervalo.
Este segundo golpe abriu ferida profunda no ânimo dos locais. O Vale Formoso mandou na partida nos primeiros 20 minutos do segundo tempo. Tozé aproveitou uma saída em bloco da defesa barreirense e sem que fosse muito estorvado apontou o terceiro golo. O técnico visitado lançou jogadores de características atacantes, como Miranda e Larika, fazendo a sua equipa atacar com muitas unidades.
O jogo foi relançado pelo golo de Lhuka, aos 70 minutos, que relegou o Vale Formoso para a defesa. Besugo recuou e a entrada de Maciel veio combater o eventual recurso ao "chuveirinho". A fase final do encontro decorreu com o Barreiro todo na ofensiva mas e bater na muralha da turma de São Miguel.
Arbitragem
Dioclésio Ávila optou bem por um critério largo. Em campos pequenos o contacto é muito frequente e apitar-se a todas as faltinhas quebra ritmo ao jogo. Nos lances polémicos esteve em nossa opinião bem, tanto no golo anulado ao Vale Formoso como quando a bola foi ao braço de Mestre. Para a nota máxima faltou um canto que ficou por assinalar a favor dos micaelenses.
4 estrelas!

Liga Meo Açores | 13.ª Jornada

Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro: Dioclésio Ávila (AFAH).
Assistentes: Diogo Andrade e Márcio Duarte.

Ao intervalo
1-2

Barreiro 2
Gonçalo
André
Araújo
Fábio
David
Célio
(Miranda, 53m)
Rúben
(Duarte, 65m)
José Isidro (cap.)
Vasco
(Larika, 53m)
Ivo
Lhuka

Não utilizados
Rui, Honório, Jorge e Mário

Treinador
Hildeberto Borges

Vale Formoso 3
César Brito
Vítor Sousa (cap.)
Achadinha
Leandro
Júlio Sousa
Mestre
Besugo
Feixona
(Maciel, 82m)
Gervásio
Salvador
(Aurínio, 59m)
To Zé
(Tercinho, 90m)

Não Utilizados
Rabiça e Zé Louro

Treinador
Pedro Costa

Disciplina | cartão amarelo para Salvador (43m), Rúben (61m), Gervásio (64m), Rabiça (73m), Tó Zé (78m), José Isidro (85m) e Araújo (88m). Cartão vermelho p/acum. para José Isidro (90+5m).

Marcadores | Fábio Almeida (14m), Lhuka (70m); Gervásio (31m), Feixona (45m) e Tó Zé (60m)

Ideal 2 x Barreiro 0 [Vídeo]


Resultado não mexe com ou sem Heitor

 

Arranque de jogo entretido, com duas equipas apostadas num futebol positivo. Ivo, com um remate às malhas laterais, foi o primeiro a apresentar objetivos concretos. Marreta, ainda antes dos primeiros 20 minutos, ficou perto de inaugurar o marcador. O Lusitânia foi mais capaz de prolongar o processo ofensivo, mas sem exercer domínio claro.
Em campo, duas estruturas viradas para o ataque. No Barreiro, Miranda foi recebendo a companhia de Ivo, o mais movimentado nos primeiros minutos. Nos verdes, Spencer juntou-se a Marreta com frequência, apoiados por um meio-campo bastante móvel. Diogo Picanço tinha ordens para deixar a defesa e subir pela faixa direita, até porque o lateral contrário, André, derivava muitas vezes para o centro na seleção das marcações.
Pressionados pelos dois últimos (maus) resultados, os da casa nunca deixaram de tentar fazer mossa no último reduto verde-branco, quase sempre com Ivo nos lances. Marco Miranda, aos 37 minutos, só não passou por Gonçalo.
Como quem não marca... sofre, golo para o Lusitânia na resposta. O pontapé de canto batido na esquerda ficou a pingar na pequena-área da equipa do Porto Judeu e ali por perto andava Heitor: esticou o pé e fuzilou autenticamente as redes defendidas por Gonçalo.
A vantagem trouxe nova confiança ao Lusitânia. Quase no imediato, um bom registo individual de Spencer culminou com assistência certinha para Diogo Picanço. Só o remate final constituiu pecado. No último lance da primeira-parte, um livre de João Dias não passou longe da trave.



Mais um não chega...

Hildeberto Borges fez entrar Larika logo nos primeiros minutos da segunda-parte. Um livre de Ivo deu um primeiro sinal de inconformismo. O remate de Jorge à entrada da área, após trabalho de Lhuka, poderia ter levado melhor direção. No entanto, voltou a ser o Lusitânia a mostrar maior capacidade para frequentar os pedaços de relva mais adiantados. O Barreiro recorria às transições rápidas.
O Lusitânia mudou um pouco após a entrada de Miranda, que fixou posições mais centrais do que Spencer. Marreta, aos 65 minutos, após saída em falso de Gonçalo, quase aumentava a contagem. O cenário desequilibrou-se a 15 minutos dos 90: Heitor viu o segundo amarelo e foi tomar banho mais cedo.
Certo é que o Barreiro não conseguiu aproveitar a vantagem numérica. Mesmo com muitos homens na frente, a equipa não foi capaz de fazer recuar o adversário, embora com méritos para o critério com que João Eduardo Alves compensou o coletivo.
Os encarnados apenas ficaram perto do empate já perto do minuto 95, o último de compensação, mas num lance com muito coração e com pouco discernimento.
Não foi uma arbitragem perfeita, mas a verdade é que esta foi uma partida nem sempre fácil de analisar para David Rodrigues.

Liga Meo Açores | 11.ª Jornada

Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro | David Rodrigues (AFAH)
Assistentes | Gonçalo Silveira e Marco Medeiros.

Ao intervalo
0-1

Barreiro 0
Gonçalo
Nelson (cap.)
(Larika, 52m)
Araújo
Jorge
(Honório, 78m)
Marco Miranda
Ivo
Célio
André
José Isidro
Lhuka
(Vasco, 73m)
Fábio

Não Utilizados
Rui, Mário Cota, Vargas e Diogo Cordeiro

Treinador
Hildeberto Borges

Lusitânia 1
Ronaldo
Celso
Heitor(cap.)
Diogo Picanço
(José Pedro, 90+2m)
José Dias
Benjamim
João Dias
Marreta
(Tavares, 81m)
Cris
Spencer
(Miranda, 65m)
Alex

Não Utilizados
Diogo Medeiros, Genni, Ruben e Tomás

Treinador
João Eduardo Alves

Disciplina: cartão amarelo para Lhuka (33m), Benjamim (33m), Célio (45), Heitor (51 e 75m), João Dias (63m), José Isidro (65m) e Marreta (81m). Vermelho direto para Nelson, já no banco de suplentes (66m). Vermelho por acumulação para Heitor (75m).

Marcador | Heitor (38m)