Barreiro 0 x Rabo de Peixe 3 [Vídeo]


Esforço só rende pontos sem erros de reação

Disputou-se cada pedaço de relva até ao limite, capacidade de entrega suficiente para proporcionar uma primeira-parte muito interessante e para disfarçar, aqui e ali, uma ou outra debilidade técnica mais evidente. O equilíbrio tornou-se, portanto, o principal condimento da partida, com as duas equipas a conseguirem desenhar os seus momentos de domínio.
Foi o Rabo de Peixe a revelar maior poder de remate. A equipa de S. Miguel soube projetar-se ofensivamente ao longo dos primeiros 15 minutos, obrigando o guardião Gonçalo a provar que estava atento. João Flor, de livre, e o experiente Valtinha foram os autores dos tiros mais próximos do perigo efetivo.
O Barreiro subiu de rendimento quando foi capaz de colocar a bola rente ao solo. Larika e Lhuka nas faixas, Ivo no espaço central do ataque e Chibante, José Isidro e Ruben Brito no centro, este último com missões mais recuadas. Larika fez a maior promessa de finalização, mas o remate, descaído pela direita, saiu à figura de Imerson.
É precisamente quando o jogo perde as pequenas brechas para os desequilíbrios junto das grande-áreas que o resultado ganha alguma cor. O centro da defesa do Porto Judeu quebra a norma competitiva em vigor nesta altura e deixa caminho livre para Valtinha, na cara de Gonçalo, inaugurar o marcador de forma algo facilitada.
Reagir e… Sofrer
Muito bem o Barreiro a regressar dos balneários com a genica necessária para reagir com prontidão. Os primeiros minutos do segundo-tempo trouxeram o melhor de Lhuka: aos 53 minutos cobrou o livre que quase colocou o empate na cabeça de Ivo; três minutos depois rematou forte para defesa aplicada de Imerson, naquela que foi a melhor jogada coletiva do desafio.
Mas... balde de água gelada logo de seguida (pois fria já esteve - e bastante - a tarde de domingo): bola despejada por Jorge Pimentel, a defesa encarnada a ver Marcinho passar e Gonçalo, com uma saída muito fora de horas, a facilitar o toque final do jogador micaelense.
Hildeberto Borges não perdeu tempo, chamando a jogo os avançados Vasco e Marco Miranda, isto quando Araújo até esteve próximo de reduzir. Novamente Lhuka, agora no passe longo, quase a isolar Vasco. O Barreiro insistia, mas tudo gelou ainda mais a 15 minutos dos 90: Ruben Brito, com uma entrada viril, viu o vermelho direto.
Cenário mais difícil, mesmo que Ivo, na melhor oportunidade do jogo, tenha desperdiçado um golo feito após cruzamento do recém-entrado Célio. É elogiável o esforço do Barreiro, mas no futebol contam as que entram e o Rabo de Peixe tem mérito na vitória, ampliada por João Flor já nos instantes finais.
Arbitragem sem rumo definido por parte de Artur Teixeira, com decisões muito diferentes para lances quase idênticos. Como atenuante, referir que o desafio foi fértil em entradas mais ríspidas, algumas das quais sem as devidas sanções técnica e disciplinar.
 
Liga Meo Açores | 9.ª Jornada

Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro | Artur Teixeira (AFAH)
Assistentes | Luciano Rocha e Rui Freitas.

Ao intervalo
0-1

Barreiro 0
Gonçalo
Nelson (cap.)
(Célio, 77m)
Araújo
Fábio
André
Larika
(Marco Miranda, 61m)
José Isidro
Ruben Brito
Lhuka
Ivo
André Chibante
(Vasco, 61m)

Não utilizados
Rui, Jorge, Duarte e Mário Cota

Treinador
Hildeberto Borges

Rabo de Peixe 3
Imerson
Daniel
Jorge Pimentel
Milton
José Eduardo
José Manuel
João Flor (cap.)
Valtinha
(Balaia, 81m)
Lelé
(Luís Flor, 85m)
Serra
Marcinho
(Vitinha, 72m)

Não utilizado
José António.

Treinador
Jaime Vieira

Disciplina | Cartão amarelo para Marcinho (26m), Larika (28m), Nelson (44m), José Manuel (46m), Fábio (66m), Marco Mirada (88m) e Vasco (90m+1). Vermelho direito para Ruben Brito (76m)

Marcadores | Valtinha (38m), Marcinho (58m) e João Flor (87m)
 
 

Barreiro 6 x Flamengos 0 [Vídeo]


Matar a Larika no poker de Ivo

Excelente arranque do Barreiro, a desenhar melhores dotes técnicos na circulação de bola nos primeiros minutos, isto quando a intensidade nas lutas a meio-campo assumiu um nível alto. Ruben empurrou o esférico contra o poste e o remate de Chibante, logo de seguida, foram ameaças verdadeiras. Aos sete minutos, muito boa a assistência de Lhuka para um golo bem medido por Ivo, a unidade mais central no espaço de ataque nesta altura, lance urdido já dentro da grande-área.
O miolo dos encarnados evidenciava, essencialmente, melhores predicados a sair para o processo ofensivo, com um futebol organizado rente ao solo. O Flamengos, em igualdade pontual com os terceirenses à entrada para a sétima jornada, não foi capaz de furar a dupla de centrais Araújo/Fábio ao longo da primeira-parte. Tiago Medeiros tentou investida individual e Celso Pereira mudou para os tiros de longe, mas Gonçalo esteve sempre sereno na baliza.
O Barreiro aumentou o domínio a partir dos 20 minutos, roubando mais depressa e prolongando durante mais tempo a posse. O chapéu de Larika, descaído pela direita, só falhou na direção. À passagem da meia hora, o mesmo Larika tentou lance idêntico, agora do outro lado, mas continuou a estar com a pontaria desalinhada.
Foi uma espécie de antestreia para a tranquilidade: primeiro Lhuka, a entrar com qualidade na grande-área e a ser carregado por Ricardo Correia, castigo máximo que Ivo não enjeitou para chegar ao 2-0; dois minutos depois é o lateral Nelson a subir como um foguete pela linha direita e a cruzar com o GPS bem calibrado para o toque final de... Ivo. Hat-trick do homem do Porto Judeu ao intervalo.
Goleada!
O Flamengos regressou empertigado, até porque a desvantagem deixava a equipa sem nada a perder. Construiu três ataques interessantes de uma assentada, mas ainda assim insuficientes para incomodar a tarde de sol a Gonçalo. Foi o Barreiro, inclusive, o primeiro a fabricar um lance digno de registo, com Larika a estar de novo perto do golo, isto após assistência de Vasco, que rendeu Lhuka ainda antes do descanso.
Mais uma vez os pupilos de Hildeberto Borges passaram das ameaças à prática sem demoras: investida rápida pela direita, Ivo agora no papel de assistente e Vasco a empurrar para o 4-0 perante o desamparado Ilídio Matos. Cheirava a goleada no Porto Judeu. Larika tanto tentou que acabou mesmo por "molhar a sopa" de mão cheia.
O Barreiro concretizava mais golos num só jogo do que nas restantes seis jornadas, retificando o pesado desaire da Ribeirinha. Ivo ainda teve tempo para consumar o poker, já na compensação, concluindo com sucesso mais uma oportunidade de... Larika.
Impecável o trabalho de Duarte Travassos, experiente árbitro da Associação de Futebol de Ponta Delgada. Saber deixar jogar é sempre um aliado do futebol.
 
Liga Meo Açores | 7.ª Jornada
 
Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro | Duarte Travassos (AFPD)
Assistentes | Nuno Medeiros e Fábio Oliveira
 
Ao intervalo
3-0
 
Barreiro 6
Nelson (cap.)
(David, 56m)
Araújo
(Miranda, 66m)
Fábio
André
Ruben
José Isidro
Chibante
Lhuka
(Vasco, 41m)
Ivo
Larika
 
Não utilizados
Rui, Jorge, Duarte, Miranda e Honório
 
Treinador
Hildeberto Borges.
 
Flamengos 0
Ilídio Matos
Manuel Silveira
Ricardo Correia
Carlos Oliveira
José Mendonça
(Rui Faria, int.)
Celso Pereira
Tiago Abreu
Wilson Miranda
(Bruno Lobão, 65m)
Bruno Rosa
Paul Dias (cap.)
(Sérgio Amorim, 71m)
Tiago Medeiros
 
Não utilizados
Diogo Castro e Luís Amaral
 
Treinador
Sérgio Gomes
 
Disciplina | cartão amarelo para Paul Dias (19m), Ricardo Correia (31m), Chibante (49m), Tiago Abreu (63m), Bruno Rosa (73m) e Carlos Oliveira (82m)
 
Marcadores | Ivo (7m, 32m, de G.P., 34m e 90m+3), Vasco (53m) e Larika (82m)
 
 

Boavista 3 x Barreiro 1 [Vídeo]


Xadrez letal trama Porto Judeu

O Barreiro, com um futebol mais coletivo e elaborado, e de maior recorte técnico, interpretando um jogo mais apoiado, com as unidades geometricamente distribuídas no terreno e próximas umas das outras, agarrou os cordelinhos da peleja desde o início, controlando os acontecimentos.
Os axadrezados com um futebol oposto, mais direto, musculado e combativo, sentiam dificuldades em ter bola e, quando a tinham, faltavam condições para depois lançar o ataque, daí que o primeiro lance ofensivo apenas aparecesse aos 14 minutos, com Zula a ganhar espaço mas a rematar fraco e à figura de Fanika.
Apesar de usufruir de mais posse de bola, os encarnados também não foram capazes de criar grandes oportunidades, excetuando um lance resultante de um canto, onde surgiu ao segundo poste Ruben a cabecear para fora.
Mas, um tanto ou quanto contra as probabilidades do encontro, o Boavista chega ao golo, por Zula, na transformação de um castigo máximo.
A assertividade e consistência do Barreiro começa, então, a ganhar forma e sucedem-se algumas ocasiões para igualar a partida, mas tal desiderato só aconteceu à dobragem da meia hora, por Larika, dando mais justiça - se é que no futebol ela existe - ao jogo, em função do desempenho das duas equipas.
Atravessando um bom período, os forasteiros continuaram a carregar, mas revelando um ótimo índice de aproveitamento, os axadrezados, a poucos minutos do intervalo, chegam-se novamente à frente, por intermédio de T.Rex que, descaído na esquerda e livre de marcação, atirou forte e colocado com êxito.
O segundo tempo trouxe um Barreiro com intenções claras para tentar inverter o rumo dos acontecimentos, mas, ao invés da primeira-parte, faltou-lhe fio condutor. A equipa foi mais desgarrada, perdeu sentido coletivo, facilitando a tarefa ao Boavista que, mais raçudo e determinado, impunha a sua lei, melhorando claramente a respetiva prestação, conseguindo colocar mais a bola no chão e trocá-la entre si, ensaiando depois o letal passe longo, que uma vez mais surtiu efeito.
Assim, após um lançamento para a direita teleguiado para Felipe Alves, este aproveitou para desviar o esférico do alcance de Fanika, aumentando o score, valendo uma vez mais o bom índice de aproveitamento anfitrião.
No banco também se joga e, como tal, os dois técnicos mexeram nos coletivos que orientam. Neste contexto,revelou-se mais feliz e assertivo Lino Inocêncio, porque equilibrou a equipa e conferiu-lhe maior determinação.
Em contraponto, o Barreiro mostrou futebol e argumentos para levar outro resultado da Ribeirinha, mas foi uma equipa demasiadamente perdulária. Depois, como não conseguia marcar, perdeu ânimo e fulgor para lutar contra a adversidade e, deste modo, ficou a dever a si própria a derrota, atendendo a que quem desperdiça tanto, regra geral, não pode vencer.
Arbitragem: regular.
 
Liga Meo Açores | 6ª Jornada
 
Campo de Jogos da Ribeirinha
Árbitro | Pedro Ferreira (AF Angra do Heroísmo)
Assistentes | Renato Saramago e Francisco Bettencourt
 
Ao intervalo
2-1
 
Boavista 3
Kilha
Joviano
Rui Bettencourt
(Isidro, 45m)
Zezinho
Marcelo
Papicha
Anselmo Areias
Azevedo
(Ricardo Leal, 59m)
Zula (cap.)
T.Rex
Felipe Alves
(Bichoca, 67m)
 
Não utilizados
Tiago Simas, Benjamim, Flávio Teodoro e Chiquinho
 
Treinador
Lino Inocêncio
 
Barreiro 1
Fanika
Nelson (cap.)
(André, 57m)
José Isidro
Araújo
David
Ruben
Larika
(Miranda, 62m)
Jorge
Lhuka
Ivo
Duarte
(Chibante, 51m)
 
Não utilizados
Gonçalo, José António, Célio e Honório
 
Treinador
Hildeberto Vieira
 
Disciplina
Cartão amarelo para Araújo (14m), Rui Bettencourt (34m), Anselmo Areias (37m), Nelson (41m), T.Rex (64m), Lhuka (67m), Papicha (71m), Bichoca (75m) e Ruben (76m). Acumulação de amarelos para Anselmo Areias (90+4m), seguido de encarnado
 
Marcadores | Zula (15m, g.p.), T.Rex (43m), Felipe Alves (60m); Larika (31m)