Lusitânia 2 x Barreiro 0 [Vídeo]


Lusitânia superior

Dois pontos de distância não serviram para temperar a primeira meia hora. O que sobrou em empenho foi faltando em emoção junto das duas balizas. O Lusitânia tentou algum empertigamento logo no arranque, mas o Barreiro também cedo amarrou o jogo à sua vontade. O interesse tático não foi suficiente para inverter o desinteresse pela falta de lances para golo, até porque, tecnicamente, a produção das duas equipas esteve longe de agradar à boa plateia presente no João Paulo II.
Com Nuno Lima e João Dias no banco, foi Marreta a ocupar o espaço central do ataque verde-branco, com Diogo Picanço e Rui Marques a permutarem nas extremas. Spencer e Heitor colocaram-se à frente de José Dias no centro, sendo que Cris foi sempre um lateral muito mais ofensivo do que David. Marreta e Spencer, aos sete minutos, deram um ligeiro, muito ligeiro, sinal de perigo.
Os encarnados, durante esses trinta minutos, fizeram do povoamento do meio-campo a forma para reter o controlo do jogo. Com Chibante e André como duplo-pivot, Vasco tentou juntar-se a Ivo no ataque, mas o avançado do Porto Judeu partiu sempre sozinho quando o esférico ganhou rapidez sobre a relva. Ainda assim, aos 18 minutos, maior destreza na decisão pelo remate poderia ter causado embaraços tremendos para Ronaldo.
Nuances diferentes nos 10 minutos antes do intervalo. Hildeberto Vieira viu da bancada a sua equipa recuar no terreno, cavando um fosso ainda maior para a linha avançada. Mérito do Lusitânia, que subiu a velocidade de execução, embora nem sempre executando a preceito. Mas, finalmente, os projetos de ataque apresentavam boas perspetivas de finalização: aos 35 minutos, Diogo Picanço e Cris combinam bem; João Dias, aos 41, surge em posição privilegiada; aos 43, um remate de ressaca de Marreta oferece defesa espantosa a Fanika.
Foram estas as pitadas de sal que o jogo precisava para ficar melhor condimentado. O Lusitânia confirmou as indicações e, com um minuto na segunda-parte, chegou à vantagem por intermédio de Heitor, isto depois da prometedora iniciativa individual de Diogo Picanço pela direita. O Barreiro não foi capaz de mudar de atitude e encaixar o "chip reação", metamorfose que Hildeberto tentou com as entradas de Rodrigo e Nicolai, este último para o lugar do desinspirado Flávio.
Mais influentes, porém, as mexidas de Nuno Brás, isto depois de Cris ter ficado perto do 2-0. O Lusitânia tornou-se calculista, não permitiu qualquer brecha ao adversário e Spencer, aos 84 minutos, completou o que Nuno Lima não conseguiu terminar. Com a tranquilidade garantida, Marco Miranda quase marcava à ex-equipa. O Barreiro fica mais longe do segundo-lugar. O Lusitânia isola-se na vice-liderança.
Encontro bem conduzido por David Rodrigues. Ficaram algumas pequenas irregularidades por sancionar? Verdade, mas o árbitro não ligou desnecessariamente o complicador e, como tal, sempre que interveio, fê-lo com acerto.
 
Liga Meo Açores | 12ª Jornada
 
Estádio João Paulo II
Árbitro: David Rodrigues (AFAH)
Assistentes: Marco Medeiros e Pedro Ferreira
 
Ao intervalo
0-0

Lusitânia 2
Ronaldo
Cris
Celso
João Silveira
David
José Dias
Heitor (cap.)
(João Dias, 68m)
Spencer
Diogo Picanço
(Marco Miranda, 87m)
Rui Marques
(Nuno Lima, 75m)
Marreta
 
Não utilizados
Rui Santos, Tavares, Andrade e Papixa.
 
Treinador
Nuno Brás.
 
Barreiro 0
 
Fanika
Nelson (cap.)
(Aranha, 82m)
Gilberto
Fábio
Nobita
Célio
Chibante
André
Flávio
(Nicolai, 66m)
Ivo
Vasco
(Rodrigo, 56m)
 
Não utilizados
Gonçalo, Xiquinho, Mário e Ruben.
 
Treinador
Hildeberto Vieira.
 
Disciplina
cartão amarelo para Nelson (13m), Fábio (49m), Marreta (62m) e André (78m).


 

Barreiro 3 x Guadalupe 0


A consistência de um domador de leões

Após a derrota averbada na jornada anterior no municipal de Angra, frente ao Marítimo, o sorteio ditou novo jogo consecutivo em casa e com novo conjunto da ilha branca, na circunstância os leões de Guadalupe, que estreavam o novo técnico.
A equipa visitante desde o início confirmou as indicações que já havia deixado anteriormente na sua deslocação à Terceira, praticando um futebol assente na posse e circulação de bola, controlando e dominando o jogo, mas evidenciando lacunas no último passe e no momento da decisão, voltando a acumular erros defensivos primários que lhe custariam ficar em desvantagem ao minuto 18, na primeira vez que o Barreiro criou uma situação para marcar, revelando, neste contexto, os encarnados uma elevada dose de eficácia na finalização.
Com efeito, a equipa do Porto Judeu, ao longo de praticamente toda a primeira parte, andou atrás da linha da bola, procurando partir para o ataque de trás para a frente, através de passes mais diretos e diagonais para as alas e, posteriormente, destas para o interior, através de um jogo simples mas eficaz, como aconteceu no primeiro golo do jogo, com Célio a cruzar na direita e Larika, em boa posição e livre de marcação, a fazer o golo de cabeça.
Um minuto depois, Márcio teve nos pés a possibilidade do empate, mas Fanika, com uma boa intervenção, não o permitiu.
A partir da meia-hora, os terceirenses cresceram mais no jogo, passando o mesmo a desenrolar-se numa toda mais equilibrada a meio-campo, com ligeiro ascendente encarnado que seria, no entanto, o suficiente para Larika bisar em moldes idênticos só que, desta feita, a bola é metida para o interior da área através de um lance de bola parada, voltando o conjunto graciosense a estender a passadeira ao atacante do Porto Judeu para bisar, colocando a sua equipa numa vantagem confortável ao intervalo.
Os forasteiros regressaram ao jogo com a intenção de encurtar distâncias no marcador, mas foi o Barreiro a aumentá-lo por Ivo, que aproveitou bem uma oferta do adversário para o dilatar e arrumar definitivamente com a questão do vencedor, até porque pese toda a boa vontade e empenhamento demonstrado pelo Guadalupe, a equipa perdeu claramente coesão coletiva e força anímica, permitindo aos anfitriões gerirem o jogo da forma que melhor lhe convinha, sem pressas e sobressaltos.
Arbitragem
Com o vencedor encontrado e num jogo pacífico, Hugo Teixeira, com uma advertência exagerada a Aranha num lance fortuito a meio-campo, quando a bola lhe foi ao braço, desencadeou um coro de protestos dentro e fora das quatro linhas, que culminou com a expulsão de José Isidro e Hildeberto Vieira. Neste contexto, como é lógico, não podemos aferir do conteúdo e termos dos mesmos por isso o benefício da dúvida ao árbitro.

Liga Meo Açores | 11.ª jornada

Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Hugo Teixeira (AFAH)
Assistentes: Dioclécio Ávila e Diogo Andrade

Ao intervalo
2-0.

Barreiro 3

Fanika
Nelson (Cap.)
Gilberto
(Mário, 90m)
Fábio
André
Célio
José Isidro
Chibante
Nobita
(Duarte, 63m)
Ivo
Larika
(Aranha, 72m)

Não Utilizados
Gonçalo, Nicolai, Xiquinho e Ruben

Treinador
Hildeberto Vieira

Guadalupe 0

Celso
Pedro Silva
Duarte
(César Espínola, 80m)
Chalana
(Alex, 57m)
Salema
Jorge (Cap.)
Amonike
(Cláudio Silva, 70m)
Ceninho
Canigia
Miranda
Márcio

Não Utilizado
Nuno

Treinador
Marco Teixeira

Disciplina
amarelos a Ceninho (33m), Fábio (58m), Miranda (59m), Aranha (73m) José Isidro (73m), Márcio 87m), Duarte (93m) e André (93m). Expulsão a José Isidro (73m) e Hildeberto Vieira (73m)

Marcadores
Larika (18m, 34m), Ivo (52m)
 
 

Barreiro 1 x Marítimo 2 [Vídeo]


Segunda parte foi tramada...

Barreiro e Marítimo da Graciosa deram o pontapé de saída 18 minutos após a hora marcada para o início da partida (15H30), em virtude da chegada praticamente em cima da hora da formação graciosense.
O Marítimo, através de um futebol mais apoiado, teve mais posse de bola e pareceu querer assenhorar-se do jogo nos primeiros minutos, frente a um Barreiro consistente, realista, praticando um futebol menos floreado, mas muito mais rápido e eficaz, com os olhos direcionados para a baliza graciosense.
Sempre que tinham posse de bola, a rapidez nas transições era a imagem de marca dos terceirenses: sempre que metiam a quarta, semeavam o pânico na cortina defensiva azul.
Esta postura dos locais resultou ao minuto 19, quando Ivo apareceu a finalizar entre os centrais graciosenses de cabeça, dando a melhor sequência a um cruzamento da direita. Este lance foi o exemplo claro de um futebol eficaz praticado pelo Barreiro, uma equipa que usa muito e bem as alas, com cruzamentos para a zona de finalização, onde Ivo, a fazer um bom campeonato, é sempre um seta apontada às defesas contrárias.
A vencer, a equipa do Porto Judeu manteve sempre o mesmo discernimento, nunca vacilou mesmo quando o Marítimo esboçou uma ténue reação, que nunca passou de uma mera intenção. Seriam mesmo os encarnados, por duas ou três situações, a estarem mais perto de ampliarem o resultado, que se manteria na diferença mínima até ao descanso.
O Marítimo procurou surpreender o seu adversário na abertura do segundo tempo e conseguiu mesmo por Gervásio, que igualmente de cabeça fez a redondinha anichar-se no fundo das redes de Fanika, ao concluir da melhor forma um canto apontado na direita, lance que resultou de um remate cruzado e colocado de Carlos Moura, ao qual respondeu Fanika com uma defesa difícil para fora.
Alcançado o empate, foi notório que a divisão de pontos agradava sobremaneira à equipa da ilha branca que, imediatamente, mexeu no onze reforçando o meio campo passando a ser um equipa mais passiva em jogo.
Competia agora ao Barreiro fazer pela vida. A equipa de Hildeberto Vieira assim o fez e Duarte, ao segundo poste, completamente só, falha um golo feito. Com mais gente atrás da linha da bola, o Marítimo convidou o Barreiro a subir no terreno, abrindo-se por isso mais espaços na defensiva rubra, que os forasteiros, jogando de trás para a frente, procuraram tirar partido e que viria mesmo a resultar quando Genny desfez a igualdade.
Obrigados a correr atrás do prejuízo, os terceirenses foram para cima do adversário, mas com mais coração do que razão. Era chegada a altura dos azuis cerrarem fileiras na defesa da conquista de tão preciosa vitória, que viria mesmo a ser uma realidade
Arbitragem: regular.

Liga Meo Açores | 10.ª jornada

Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: André Almeida (A. F. Ponta Delgada)
Assistentes: Sérgio Costa e Pedro Cabral 

Ao intervalo
1-0

Barreiro 1

Fanika
Nelson (Cap.)
Gilberto
(Mário, 72m)
Fábio
Nobita
Célio
José Isidro
(Aranha, 69m)
Chibante
Duarte
(André, 81m)
Ivo
Vasco

Não utilizados
Gonçalo, Rodrigo, Ruben e Nicolai.

Treinador
Hildeberto Vieira.

Marítimo 2

Filipe Soares
Pedro Andrade
Hélder
Pedro Borges
Rui Jorge
Fábio Silva
(Nuno Correia, 84m)
Genny
Luís Filipe
(José Gabriel, 61m)
Gervásio
Carlos Moura
Mário Melo (Cap.)

Não utilizados
Jorge Lima e Luís Silva

Treinador
Rui Cordeiro

Disciplina
amarelos a Genny (24m), Nobita (73m), Hélder (78m), Célio (85m), Pedro Andrade (94m) e Filipe Soares (95m)

Marcadores
Ivo (19m), Gervásio (49m) e Genny (75m)

Barreiro 2 x Santiago 0


Uma questão (deveras) central

Pé-ante-pé, o Barreiro vai escalando lugares na novel Liga Meo Açores. Depois de mais uma sangria no defeso, o treinador Hildeberto Borges revelou arte e engenho para montar uma equipa que tem na assimilação plena das respetivas qualidades e defeitos o seu principal trunfo.
Na receção (em casa emprestada) ao Santiago, o grémio do Porto Judeu fez valer atributos ao nível da capacidade de pressão, circulação e posse de bola e, claro, aproveitamento da velocidade das unidades mais adiantadas. Tudo isto sustentado numa exibição com laivos de bom futebol - dentro das exigências do quadro competitivo em questão.
Esta foi, digamos, a postura até construir o resultado, em que dois pontapés de canto possibilitaram aos centrais Fábio, na primeira-parte, e Gilberto, na etapa complementar, um avanço sobremaneira precioso no marcador.
A expulsão em simultâneo de Manú (Santiago) e Jorge (Barreiro), em cima da meia hora, abalou o desempenho dos locais e, ao mesmo tempo, espevitou os forasteiros que, finalmente, ameaçaram a sério a baliza de Fanika.
Depois do 2-0 surgiu em cena o Barreiro pragmático e de futebol menos apelativo aos olhos dos espetadores. Defender com rigor e explorar o contragolpe (o qual raramente saiu a preceito) era o desiderato para contrariar a natural reação dos micaelenses.
Afastar o esférico das imediações da baliza de Fanika era, então, imperativo e aqui os centrais Gilberto e Fábio voltaram a assumir o estatuto de figuras do encontro, liderando, digamos assim, o arregaçar de mangas dos alvirrubros.
O Santiago, por sua vez, denotava enorme determinação, mas, pese uma ou outra oportunidade para faturar, a equipa acusava alguma falta de talento e inspiração. Tudo era feito em esforço, sem lucidez, com o coração a sobrepor-se à razão.
Com a exclusão de Flávio, o que deixou os anfitriões reduzidos a nove unidades, os homens de Água de Pau investiram tudo no assalto à baliza terceirense.
O técnico Sérgio Santos procurou por todos os meios modificar o rumo dos acontecimentos, alterando posicionamentos em campo e recorrendo às duas únicas opções de banco disponíveis, só que o Barreiro versão "bola para o mato que o jogo é de campeonato" foi dando para as encomendas.
Atendendo ao caráter que patenteia, o Barreiro pode ser uma séria ameaça aos principais candidatos ao quarteto da frente. Mérito dos atletas e, em especial, do treinador Hildeberto Borges, pelos vistos, um autêntico especialista em (re)construir equipas. 
Vasco Almeida, o árbitro do polémico Santiago - Lusitânia da primeira jornada, exibiu três cartões vermelhos diretos. Concorde-se ou não com as decisões (pareceu-nos que agiu em conformidade), elas são consequência de um critério uniforme.
Aliás, ao longo dos 90 minutos, assistimos a uma arbitragem personalizada, confiante e tranquila. Com um ou outro erro pelo meio? É provável, mas nada que coloque em causa uma atuação merecedora de nota afirmativa.    
 
Liga Meo Açores | 9ª Jornada
 
Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Vasco Almeida (AF Ponta Delgada)
Assistentes: Paulo Cabral (B) e João Branco (P)
 
Ao intervalo:
1-0
 
Barreiro 2
 
Fanika
Nelson (cap.)
Gilberto
Fábio
Nobita
(André, 66m)
Célio
(Duarte, 76m)
José Isidro
Jorge
Flávio
Ivo
Vasco
(Chibante, 79m)
 
Não Utilizados
Gonçalo, Xiquinho, Larika e Rodrigo
 
Treinador
Hildeberto Borges
 
Santiago 0
 
João Roberto
Hugo Soares
Armando
(Paulo Vidinha, 59m)
Manú
Paz Ferreira
(Rodrigo, 76m)
Ludgero (cap.)
Tiago Oliveira
Nuno Sociedade
Balaia
Lelé
Jorge Paulo
 
Não Utilizados
Não houve
 
Treinador
Sérgio Santos
 
Disciplina
cartão amarelo para Duarte (85m), Chibante (88m) e Rodrigo (90m). Cartão vermelho direto para Manú (30m), Jorge (30m) e Flávio (80m)
 
Marcadores
Fábio (16m) e Gilberto (56m)