Resultado não mexe com ou sem Heitor

 

Arranque de jogo entretido, com duas equipas apostadas num futebol positivo. Ivo, com um remate às malhas laterais, foi o primeiro a apresentar objetivos concretos. Marreta, ainda antes dos primeiros 20 minutos, ficou perto de inaugurar o marcador. O Lusitânia foi mais capaz de prolongar o processo ofensivo, mas sem exercer domínio claro.
Em campo, duas estruturas viradas para o ataque. No Barreiro, Miranda foi recebendo a companhia de Ivo, o mais movimentado nos primeiros minutos. Nos verdes, Spencer juntou-se a Marreta com frequência, apoiados por um meio-campo bastante móvel. Diogo Picanço tinha ordens para deixar a defesa e subir pela faixa direita, até porque o lateral contrário, André, derivava muitas vezes para o centro na seleção das marcações.
Pressionados pelos dois últimos (maus) resultados, os da casa nunca deixaram de tentar fazer mossa no último reduto verde-branco, quase sempre com Ivo nos lances. Marco Miranda, aos 37 minutos, só não passou por Gonçalo.
Como quem não marca... sofre, golo para o Lusitânia na resposta. O pontapé de canto batido na esquerda ficou a pingar na pequena-área da equipa do Porto Judeu e ali por perto andava Heitor: esticou o pé e fuzilou autenticamente as redes defendidas por Gonçalo.
A vantagem trouxe nova confiança ao Lusitânia. Quase no imediato, um bom registo individual de Spencer culminou com assistência certinha para Diogo Picanço. Só o remate final constituiu pecado. No último lance da primeira-parte, um livre de João Dias não passou longe da trave.



Mais um não chega...

Hildeberto Borges fez entrar Larika logo nos primeiros minutos da segunda-parte. Um livre de Ivo deu um primeiro sinal de inconformismo. O remate de Jorge à entrada da área, após trabalho de Lhuka, poderia ter levado melhor direção. No entanto, voltou a ser o Lusitânia a mostrar maior capacidade para frequentar os pedaços de relva mais adiantados. O Barreiro recorria às transições rápidas.
O Lusitânia mudou um pouco após a entrada de Miranda, que fixou posições mais centrais do que Spencer. Marreta, aos 65 minutos, após saída em falso de Gonçalo, quase aumentava a contagem. O cenário desequilibrou-se a 15 minutos dos 90: Heitor viu o segundo amarelo e foi tomar banho mais cedo.
Certo é que o Barreiro não conseguiu aproveitar a vantagem numérica. Mesmo com muitos homens na frente, a equipa não foi capaz de fazer recuar o adversário, embora com méritos para o critério com que João Eduardo Alves compensou o coletivo.
Os encarnados apenas ficaram perto do empate já perto do minuto 95, o último de compensação, mas num lance com muito coração e com pouco discernimento.
Não foi uma arbitragem perfeita, mas a verdade é que esta foi uma partida nem sempre fácil de analisar para David Rodrigues.

Liga Meo Açores | 11.ª Jornada

Campo de Jogos do Barreiro
Árbitro | David Rodrigues (AFAH)
Assistentes | Gonçalo Silveira e Marco Medeiros.

Ao intervalo
0-1

Barreiro 0
Gonçalo
Nelson (cap.)
(Larika, 52m)
Araújo
Jorge
(Honório, 78m)
Marco Miranda
Ivo
Célio
André
José Isidro
Lhuka
(Vasco, 73m)
Fábio

Não Utilizados
Rui, Mário Cota, Vargas e Diogo Cordeiro

Treinador
Hildeberto Borges

Lusitânia 1
Ronaldo
Celso
Heitor(cap.)
Diogo Picanço
(José Pedro, 90+2m)
José Dias
Benjamim
João Dias
Marreta
(Tavares, 81m)
Cris
Spencer
(Miranda, 65m)
Alex

Não Utilizados
Diogo Medeiros, Genni, Ruben e Tomás

Treinador
João Eduardo Alves

Disciplina: cartão amarelo para Lhuka (33m), Benjamim (33m), Célio (45), Heitor (51 e 75m), João Dias (63m), José Isidro (65m) e Marreta (81m). Vermelho direto para Nelson, já no banco de suplentes (66m). Vermelho por acumulação para Heitor (75m).

Marcador | Heitor (38m)