Lei do mais forte.

As duas formações apresentaram sistemas táticos equivalentes: uma linha de quatro unidades defensiva, um homem à frente desses quartetos, Ruben Azevedo no Angrense e José Isidro no Barreiro, ladeados por Ariston e Vitória, nos encarnados de Angra, e Jorge e Luka nos homólogos do Porto Judeu, sobrando, na frente, um trio de ataque para cada conjunto.
Taticamente, a inclusão de Ruben Azevedo no jogo veio alterar o sistema habitual das águias que tradicionalmente apresentavam uma linha de ataque de quatro unidades. Desta forma, certamente, pretendeu-se dotar a equipa de maior equilíbrio e consistência a meio campo.
Já a formação do Porto Judeu manteve-se fiel ao seu dispositivo, trocando apenas as pedras. Assim, José Isidro, que vinha há muito a ser utilizado como central, apareceu a evoluir como trinco e Paulo Miranda, um homem com pergaminhos de avançado, surgiu como central. Nuno Lima, outro central, posicionou-se à esquerda e Luka, outra unidade com historial de ataque, colocou-se na intermediária.
Distribuídas as pedras, o Angrense foi como se esperava o conjunto com sinal mais ofensivo, mas o Barreiro, atuando de trás para a frente e no erro do adversário, foi o primeiro a cheirar o golo quando Spencer bem colocado visou a redes de Délcio, mas a bola foi desviada pelo corpo de um adversário.
Respondeu o Angrense através de um cabeceamento de Ruben Azevedo, na sequência de um canto. O prélio começava a esticar e Marco Miranda capta uma bola perdida no meio, valendo ao Angrense a decidida e arrojada saída de entre os postes de Délcio e evitar males maiores.
Com o jogo interessante, Vitória, de bola parada, abre o ativo, na cobrança de um livre direto, ficando muito mal na fotografia a barreira e o guarda-redes contrários, já que o remate saiu a meia altura, em linha reta, passando ao lado da barreira, entrando a bola pelo lado mais perto do guardião.
Retirando partido de alguma desconcentração defensiva do adversário, Rui Silveira aproveitou para em cima da meia hora faturar o segundo da tarde, colocando a sua equipa com uma vantagem confortável na viragem para o segundo tempo.
A etapa complementar trouxe um Barreiro mais audaz, e outra coisa não seria de esperar, frente a um Angrense em vantagem mais comedido, mas não expectante, fazendo uso de toda a sua experiência para gerir os andamentos, esperando pela subida no terreno e desgaste do adversário para posteriormente sair de uma forma letal para o contra-ataque.
O que aconteceu ao minuto sessenta e dois, através de um lance clássico de contragolpe. Rui Silveira, veloz pela esquerda, arranca um cruzamento à medida de Márcio que acompanhou todo o lance a finalizou com êxito. Simples e eficaz.
É evidente que o terceiro golo não colocou um ponto final da partida, porque ainda havia muito tempo para jogar, mas em termos práticos, e pese todo o empenho dos atletas, a diferença do resultado, a partir daqui, pesou no rendimento dos antagonistas, embora por motivos diferentes.
Arbitragem: regular.

Série Açores - 12.ª Jornada

Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Ângelo Correia (AF Castelo Branco)
Assistentes: Pedro Ribeiro e Daniel Vicente

Ao intervalo: 2-0

Angrense 3

Délcio
Flor
Eugénio
Ivan
Rui Silveira
Ariston
(Bruno, 83m)
Magina
(Ruben Rodrigues, 78m)
Vitória (cap.)
Vítor
Ruben Azevedo
Márcio
(Genni, 72m)

Não uilizados
Delmindo, Gonçalo, Ruben Brito e Filipe. 

Treinador
João Eduardo Alves.

Barreiro 0

Bruno Pereira
Nelson Rocha (cap.)
Nuno Lima
Jorge Ferreira
(Hélder Pacheco, 61m)
Marco Miranda
Luka
Mário Cota
(Marco André, 67m)
Paulo Miranda
Marco Spencer
José Isidro
Ivo Tavares

Não utilizados
Anselmo Falcão, Anselmo Areias, Marco Fernandes, João Ávila e Chiquinho.
 
Treinador
Hildeberto Borges.