Num detalhe...

O Lusitânia teve um domínio global do encontro nos primeiros 20 minutos. Sem praticar futebol vistoso, os tricolores de Angra tinham mais posse de bola e obrigaram o Barreiro a jogar praticamente com os dois blocos colados, ficando somente Ivo para as despesas ofensivas.
Nessa fase, os lusitanistas conseguiram superioridade no miolo pelo entendimento entre os jogadores do vértice do triângulo formado no setor. José Dias, mais posicional, Rui Marques mais dado a desdobramentos e João Dias na distribuição de jogo.
Ambas as formações abusaram do futebol direto, principalmente na fase inicial das transições. Esta tática-vassoura das defesas complicou a tarefa dos médios que não recebiam a bola em condições o número de vezes que gostariam. Só quando os ataques intervinham é que apareciam oásis de futebol mais pensado e técnico.
O ímpeto verde-branco abrandou quando José Isidro e Jorge atinaram com as marcações, levando a que os alvirrubros passassem a respirar melhor. Ofereceram ao adversário um domínio consentido para que se abrisse espaço para o contra-ataque.
Neste capítulo, Ivo foi o sinal mais da formação do Porto Judeu. O avançado volante teve nos pés, aos 38 minutos, a melhor oportunidade da sua equipa no primeiro tempo, quando pressionou Andrade a perder a bola e depois chutou cruzado muito pouco distante do poste direito da baliza de Ronaldo.
A formação lusitanista começou a ficar curta porque nem Rui Marques nem João Dias tinham muita bola. Mas curiosamente foi quando o Barreiro era mais perigoso que o Lusitânia conseguiu o golo da vitória mesmo à beira do intervalo.
Numa das muitas bolas bombeadas para a área, Marreta antecipou-se a José Isidro com este a atingir-lhe na zona abdominal. Grande penalidade que João Dias converteu em golo através de um remate rasteiro e bem chegado ao poste esquerdo de Fanika.
Após o intervalo o Lusitânia teve 12 minutos muito bons com uma pressão bem coordenada e um bom sentido de baliza. Diogo Picanço e Paulo Miranda estiveram muito perto do golo. Mas a entrada de Chibante mexeu com o meio campo do Barreiro, tornando-o mais combativo e interventivo no próprio jogo.
Mesmo com uma 1.ª fase de construção à base de futebol direto, o Barreiro começou a pousar mais o esférico no relvado nas ações de ataque. O recuo de Ivo, depois da entrada de Larika, ajudou ao ascendente do Barreiro até final do jogo.
No Lusitânia, Marco Miranda trouxe velocidade ofensiva que foi, contudo, desaproveitada porque a bola não chegava  lá  à frente. As duas oportunidades mais flagrantes da etapa complementar foram fabricadas pelos avançados do Barreiro. Aos 71 minutos, Célio cruzou e Larika, completamente só na pequena área, cabeceou fraco para boa defesa de Ronaldo. Aos 84 minutos, Ivo inventou uma jogada maravilhosa concluída por Célio, mas o remate colocado do extremo foi defendido com brilho pelo guarda-redes do Lusitânia.
O árbitro faialense Hélio Duarte fez uma arbitragem à inglesa e leva poucos erros na bagagem. 4 estrelas!
 
Liga Meo Açores | 3.ª Jornada
 
Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Hélio Duarte (AF Horta)
Assistentes: Marco Silva e Luís Sousa
 
Ao intervalo:
0-1
 
Barreiro 0
 
Fanika
Nélson (cap.)
(Chiquinho, 45m)
Gilberto
Fábio
Nobita
Célio
José Isidro
(Larika, 67m)
Jorge
Flávio
Ivo
Rodrigo
(Chibante, 69m)
 
Não Utilizados
Gonçalo, Mário, Duarte Cordeiro e André Catorze.
 
Treinador
Hildeberto Borges.
 
Lusitânia 1
 
Ronaldo
Crish
Heitor (cap.)
Andrade
David
José Dias
João Dias
Rui Marques
Marreta
(Celso, 45m)
Diogo Picanço
(Marco Miranda, 63m)
Paulo Miranda
(Spencer, 73m)
 
Não Utilizados
Rui Santos, Papicha, Nuno Lima e João Silveira.
 
Treinador
Nuno Brás.
 
Disciplina: cartão amarelo para Heitor (39m), Nélson (41m), José Isidro (45m), Chibante (60m) e Rui Marques (74m).
Marcador: João Dias (g.p.) (45+1m).