Qualidade para garantir a manutenção

Quais são, em linhas gerais, os grandes objetivos do Barreiro para a presente temporada desportiva, em que a equipa milita na designada Liga Meo Açores?
O principal objetivo passa por formar um bom grupo e dar continuidade ao trabalho desenvolvido na época passada, percebendo de antemão que não teremos uma tarefa fácil. Temos de estar preparados e, jogo a jogo, lutarmos pelos três pontos em disputa para garantimos a manutenção. Prometemos apenas trabalho, até porque voltamos a ter de jogar fora de casa todas as semanas. Não fosse esta obrigação, talvez pudéssemos estar a lutar por outros objetivos. Apesar das muitas saídas, mantivemos a estrutura da equipa, especialmente em termos de filosofia de jogo. Deixo apenas o apelo para que a massa associativa e os simpatizantes do Barreiro compareçam nos nossos jogos no Campo Municipal de Angra do Heroísmo, pois o seu apoio é fundamental para que a equipa possa atingir os seus objetivos. Só todos juntos o poderemos conseguir.

As duas derrotas consecutivas sofridas na Ilha Graciosa (2-1 com o Marítimo e 4-0 com o Guadalupe) logo na abertura da Liga Meo Açores colocaram em causa a estabilidade do Balneário?
Creio que não. Temos vindo a trabalhar muito bem, sendo que os reforços têm sido integrados de forma eficaz nos processos da equipa. Aliás, fator muito importante no Barreiro prende-se com o espírito de união, pois trabalhamos enquanto uma autêntica família. O grupo sentiu esta união que existe na coletividade.

Como sublinhou anteriormente, o Barreiro volta a utilizar o Campo Municipal de Angra do Heroísmo como casa emprestada. É um handicap importante, tendo como pano de fundo os objetivos traçados?
Sim e temos de voltar a ser muito fortes, o que já está a ser trabalhado com a equipa. No fundo, estamos obrigados a dar ainda mais em prol da instituição que representamos. Fazemos dois treinos semanais no municipal, sendo as restantes sessões realizadas no Porto Judeu. A componente psicológica será, com certeza, decisiva em todo este processo.
 
Ainda em relação à campanha que está a dar os primeiros passos (três jornadas concluídas), a constituição do plantel voltou a ser a primeira grande dificuldade?
Somos uma ilha pequena, com pouca população e, inclusive, o futsal também "rouba" alguns jogadores. Claro que, quando a componente financeira entra nesta equação, as dificuldades são ainda maiores. Fomos buscar jogadores que vão cumprir o primeiro ano de sénior, nomeadamente ao Angrense e ao Lusitânia, sendo que existem também alguns elementos com experiência no Praiense e no Angrense. A inexistência do escalão de juniores no Barreiro, algo que se mantém, torna-se uma dificuldade acrescida.
 
Levando em linha de conta a conjuntura vigente, o Barreiro está condenado a ser um clube formador… Para os outros?
É algo que, infelizmente, não é novidade para nós. Todos os anos isto sucede. É, de facto, um orgulho, mas ao mesmo tempo dá-nos alguma tristeza vê-los partir, retirando-nos a oportunidade de, ao longo de mais uma ou duas épocas, podermos aprimorar a sua evolução e, igualmente, cimentarmos o grupo de trabalho. É evidente que a componente financeira vai falando mais alto, pois somos um clube de freguesia e não temos a capacidade de outras coletividades.