Sair do sufoco para continuar a somar

Dois é o número que permite respirar melhor. Primeiro, porque o golo de Ivo, o segundo, trouxe tranquilidade para carimbar um resultado que, à beira do intervalo, adquiriu claros sinais positivos. Depois, porque a segunda vitória da época significa continuidade e melhores perspetivas na classificação. O Barreiro ultrapassou (2-0) o Rabo de Peixe na 5.ª jornada da Liga Meo Açores, formação que ainda não havia conhecido o sabor da derrota.
O Barreiro começou por ter dificuldade em assentar as suas linhas. Vasco juntou-se a Ivo com frequência no espaço central do ataque, mas isto não significou criação de perigo, até porque Célio, por duas vezes, não foi capaz do passe decisivo. O comportamento defensivo, incluindo Fanika, viveu sérios sufocos, ao passo que, no meio-campo, a dupla Jorge/José Isidro nem sempre mostrou ser suficiente.
Mais esclarecido taticamente o Rabo de Peixe. Tiago e Márcio Lima foram estanques no centro, retirando pensamento ao adversário. Na frente, o irrequieto Vitinha foi recebendo o apoio constante de Zequinha, ele que, no sobe e desce posicional, conseguiu desequilíbrios numéricos a meio-campo e boa condução do processo de ataque.
Foi esta a toada até aos 35 minutos, altura em que os encarnados começaram a carburar melhor o transporte do esférico. Quase sempre através da irreverência, um cruzamento veloz pela esquerda proporcionou soberana ocasião a Ivo. O golo surgiu a cinco minutos do intervalo, caindo como água fria nas hostes do Rabo de Peixe: canto na esquerda e Vasco, em pleno coração da grande-área, a cabecear com eficácia. Respondeu Zequinha, que falhou o empate por muito pouco. Não foi por falta de oportunidades que os forasteiros foram a perder para os balneários.
Na frente e em vantagem numérica, o jogo poderia ter ficado mais fácil para o Barreiro logo no recomeço se Ivo tivesse feito melhor quando surgiu isolado, embora demasiado descaído pela direita. O avançado redimiu-se aos 55 minutos, cabeceando à vontade para o 2-0 depois de jogada de insistência de Flávio Gomes pela linha destra, num cruzamento que foi meio caminho andado para o golo.
O Rabo de Peixe desconcertou-se, tornando-se precipitado e com os nervos à flor da pele. Mais "cabecinha" e o Barreiro poderia ter consumado um desnível considerável no resultado, tantos foram os projetos de finalização esbanjados.
Confusão ao minuto 45, quando Márcio Duarte expulsou Paulo Vieira. O capitão do Rabo de Peixe vê o amarelo por protestos, quando pediu (sem razão, quanto a nós) uma pretensa grande-penalidade, e logo de seguida o vermelho direto. Uma decisão, de facto, que só o próprio árbitro poderá esclarecer.
 
Liga Meo Açores | 5ª Jornada
 
Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Mário Duarte (AFAH)
Assistentes: Dioclésio Ávila e Diogo Andrade
 
Ao intervalo:
1-0
 
Barreiro 2
 
Fanika
Nelson (cap.)
Fábio
Gilberto
Nobita
Célio
José Isidro
Jorge
Flávio Gomes
(Duarte, 69m)
Ivo
(Rodrigo, 80m)
Vasco
(Chibante, 61m)
 
Não utilizados
Gonçalo, Mário, André e Larika
 
Treinador
Hildeberto Borges
 
Rabo de Peixe 0
 
Imerson
Paulo Vieira (cap.)
João Flor
Marcinho
Milton
Márcio Lima
Tiago
(Jota, 60m)
Zequinha
Osvaldo
(Mafú, 67m)
José Eduardo
(José António, 77m)
Vitinha
 
Não utilizado
Daniel
 
Treinador
Jaime Vieira
 
Disciplina: cartão amarelo para Osvaldo (3m), Nelson (21m), Paulo Vieira (45m), Ivo (50m), Marcinho (56m), Flávio Gomes (57m), Zequinha (59m), Mafú (73m), Jota (82m) e Fábio (90+8m). Vermelho direto para Paulo Vieira (45m)
 
Marcadores: Vasco (41m) e Ivo (55m)