De golo em golo até ao êxito final

O desafio mexeu no marcador por duas vezes nos primeiros dez minutos, facto assinalável e que deixava antever um bom pronuncio.
Foi a formação anfitriã a inaugurar o marcador por Nobita, através de um livre apontado nas imediações da quina da grande área. O defesa encarnado enganou Michel que ainda tocou no esférico, mas não evitou o golo.
Cinco minutos depois, o Prainha igualava por intermédio do seu capitão, Nuno Ventura, que tirou partido, simultaneamente, de uma falta de marcação e de um ressalto na pequena área dos locais para fazer um golo fácil.
O Barreiro, que tinha entrado melhor no encontro, acusou em demasia o empate, o adversário passou a dominar e a controlar os andamentos do jogo, na sequência de um melhor posicionamento no terreno, e viria a colher os frutos desse domínio quando Nuno Ventura cruzou na direita, surgindo Luquinhas a entrar de cabeça para operar a reviravolta no marcador, perante a passividade de Gonçalo.
Os alvirrubros atravessavam uma fase de algum desconforto no prélio, com o meio campo muito encostado às linhas defensivas, a não conseguir estacar o carrossel da formação da ilha Montanha, mas, num ápice, tudo se alterou. Lance rápido pela esquerda da ofensiva do Barreiro que levou Luciano Serpa a carregar o adversário para grande penalidade. Na transformação da mesma, Ivo foi eficaz e colocou de novo o empate na partida.
Este golo surgiu na melhor fase da equipa do Porto Judeu, numa altura em que o seu rendimento atingia patamares mais elevados, o que lhe possibilitou passar a usufruir de mais posse de bola e volume de jogo ofensivo, ante um rival que desuniu o bloco e acabou por assistir com passividade a nova viragem.
Desta feita foi o central Gilberto a subir no terreno, a criar desequilíbrios e a conseguir mesmo marcar, virando a peleja a favor do seu conjunto e a permitir que o coletivo da casa saísse para o descanso na frente do marcador.
O segundo tempo trouxe um Barreiro transfigurado para muito melhor. A equipa apresentou-se mais desinibida e pressionante, o que lhe possibilitou dominar o adversário e obrigá-lo a cometer erros. Era um Barreiro de outro nível, do melhor que já lhe vimos, daí que o quarto golo, pleno de oportunidade saído da testa de Larika, não surpreendesse, e fosse mesmo o corolário lógico do andamento do jogo.
Com uma vantagem de dois golos, os locais abrandaram um pouco e depois viram os picarotos regressar à discussão do resultado com a obtenção do terceiro tento.
Uma vez mais os visitantes acusaram o golpe, facto aproveitado pelo adversário para crescer e o poste da baliza de Gonçalo tremeu quando a bola beijou o ferro das suas redes.
Foi uma ponta final frenética, de grande intensidade emocional, com o jogo aberto até ao fim, mas quis o destino com justiça, em função daquilo que se passou no terreno, que, num embate impróprio para cardíacos, os três pontos ficassem dentro de portas.
Arbitragem: bom trabalho.

Liga Meo Açores | 1ª Jornada - 2ª Fase [Grupo da Despromoção]
Campo Municipal de Angra do Heroísmo

Árbitro | Hugo Teixeira (AF Angra do Heroísmo)
Assistentes | Dioclécio Ávila e Paulo Simão

Ao intervalo
3-2

Barreiro 4

Gonçalo
Nelson (cap.)
Gilberto
Fábio
Nobita
Célio
(Jorge, 75m)
José Isidro
Chibante
Larika
(André, 70m)
Ivo
Vasco
(Miranda, 63m)

Não Utilizados
Fanika, Mário, Ruben e Aranha

Treinador
Hildeberto Vieira

Prainha 3

Michel
Rodrigo
Moía
Orlando
Nuno Ventura (cap.)
Luquinhas
Luciano Serpa
(Diogo Ávila, 72m)
Zé Pedro
(João Frazão, 66m)
Sidnei
Edi
João Rodrigues
Não Utilizados
Pirata e Ivo Fraga

Treinador
Jeremy Maiato

Disciplina | cartão amarelo para Gilberto (16m), Nobita (16m), Luciano Serpa (30m), José Isidro (81m) e Gonçalo (90+5m)

Marcadores | Nobita (5m), Nuno Ventura (10m), Luquinhas (24m), Ivo (31m, g.p.), Gilberto (35m), Larika (69m) e João Rodrigues (71m)