Jogo de apresentação do Lusitânia aos sócios e simpatizantes

Num encontro típico de preparação e de início de temporada, o novo timoneiro leonino João Eduardo Alves, no regresso a uma casa que bem conhece, apresentou no onze inicial as novidades Alex como central, Ruben Miranda no meio e Geni na ala esquerda, isto no que diz respeito aos atletas que ingressaram na coletividade este ano. Porém, a grande inovação foi o surgimento de Rui Marques como lateral esquerdo.
Por sua vez, o homólogo do Porto Judeu, Hildeberto Vieira, escalou um "onze" mais conservador, introduzindo apenas no coletivo o regressado Ruben Brito na lateral direita e o jovem Miguel oriundo da equipa do Salão.
O desafio desenvolveu-se numa toada morna, com os atletas a procurarem ter a bola no pé, fazendo-a circular entre os seus companheiros, embora, em termos ofensivos, fosse o Lusitânia a mandar e a impor-se no terreno, mas sem nunca imprimir um ritmo picadinho.
Com o "leão" a impor-se em casa própria, ao minuto sete, Diogo Picanço, em velocidade pelo meio, deixou a concorrência para trás e apontou, sem dificuldades, o primeiro golo do encontro. Quando os verdes aceleraram, conseguiram desequilíbrios e o marcador funcionou.
A vencer, e sabendo que estávamos apenas perante mais um teste de preparação, os atletas obviamente evitaram correr riscos desnecessários. Desta forma, o conjunto lusitanista relaxou um pouco, de tal forma que Ronaldo colocou a bola nos pés de um adversário e o empate não aconteceu por mero acaso.
Com o embate num andamento mais lento, o Barreiro aproveitou para subir no terreno, equilibrando as operações a meio campo, conseguindo, inclusive, conquanto de um modo esporádico, ter mais posse de bola, mas, em boa verdade, não passou disso mesmo.
Em termos ofensivos, a turma alvirrubra foi inconsequente, acabando por ser o emblema anfitrião, sempre que partia de trás para a frente e dava um pouco de corda aos sapatos, a chegar com alguma facilidade à área de Gonçalo, só que, no entanto, também não conseguiu dilatar o marcador nos primeiros 45 minutos.
Como seria de esperar, ao intervalo aconteceram várias alterações nos dois coletivos, embora mais no Lusitânia do que no adversário. As mexidas abanaram a partida, já que o Lusitânia surgiu mais acutilante. Esta audácia leonina conferia-lhe maior volume de jogo ofensivo, daí que Marreta tenha desperdiçado a possibilidade de elevar o marcador na transformação de uma grande penalidade. Derrube de Fábio, que foi expulso, a Diogo Picanço com o dianteiro da rua da Sé a atirar à figura do guardião barreirense.
Com menos uma unidade, o Barreiro experimentou sérias dificuldades, em virtude da quantidade atacante contrária, surgindo, então, com naturalidade o segundo da peleja, apontado por Benjamim.
O Lusitânia por várias vezes ameaçou o terceiro golo, mas este teimou em não aparecer e, com o andar do tempo, aos poucos (embora controlasse totalmente o jogo), a intensidade atacante foi-se diluindo, permitindo ao Barreiro respirar mais tranquilamente, num espetáculo interessante de seguir.
Arbitragem: seguiu os acontecimentos muito à distância. O vermelho a Fábio só se foi de ordem disciplinar.
 
Apresentação do Lusitânia
Estádio João Paulo II
 
Árbitro | Diogo Andrade (AFAH)
Assistentes | Francisco Bettencourt e Gonçalo Silveira.
 
Ao intervalo
1-0
 
Lusitânia 2
Ronaldo
Cris
Alex
Heitor
Rui Marques
Diogo Picanço
José Dias
João Dias
Ruben Miranda
Geni
Nuno Lima (cap.)
 
Jogaram ainda
Lima, Filipe Melo, Celso, Benjamim, Tavares, Marreta, Fábio Silva, Diogo Medeiros, Tomás, Spencer, Ruben Silva e José Pedro. 
 
Treinador
João Eduardo Alves.
 
Barreiro 0
Gonçalo
Ruben Brito
Fábio
Mário
Cordeiro
Jorge
Isidro (cap.)
Miguel
Vasco
Ivo
Larika
 
Jogaram ainda
André Araújo, Honório, Marco Miranda, Fanica, Lhuka e Rui.

Não utilizado
Zé.
 
Treinador
Hildeberto Vieira.
 
Disciplina | Cartão vermelho direto para Fábio (54m).
 
Marcadores | Diogo Picanço (7m) e Benjamim (61m).