Resultado justo em jogo quezilento!

Boavista e Barreiro defrontaram-se ontem à tarde, num jogo que só teve alguma história na primeira-parte, altura em que os visitantes impuseram maior velocidade e, atuando num arrojado 4-3-3, criaram situações de golo que baste para garantirem uma vitória mais folgada, só que valeu aos da casa a bela prestação do guarda-redes Kilha que esteve numa tarde inspirada. A segunda parte do encontro, e conforme veremos adiante, foi mesmo para esquecer...
As equipas ainda estavam a estudar-se mutuamente quando Larika, solicitado ao segundo poste, deu o melhor seguimento a um belo cruzamento de Lhuka, inaugurando o marcador com uma oportuna e colocada cabeçada. Os locais vieram para a frente, quase sempre com T. Rex no comando das ofensivas, e lograram o empate num infeliz lance de Rúben, que marcou na própria baliza, após um tenso pontapé de canto apontado por Zula do lado esquerdo.
Festa nas hostes visitadas, mas o Barreiro não estava disposto a entrar em festejos, pois queria desde cedo garantir a permanência na Liga Meo Açores. A turma de Hildeberto Borges respondeu à letra ao golo, uma vez que Ivo, novamente de cabeça, deu nova vantagem aos forasteiros, perante as facilidades dadas pela defensiva axadrezada. Aliás, antes do segundo golo, valeu mesmo o guarda-redes da casa para evitar que a supremacia visitante se traduzisse em golos.
A turma da Lino Inocêncio, pese embora o seu inconformismo, na primeira-parte nunca conseguiu contrariar o maior favoritismo da congénere do Porto Judeu, optando por passes longos para surpreender a bem montada defensiva do Barreiro, que poucos espaços permitia às manobras de Zula e companhia.
Com o segundo golo, os visitantes atenuaram o ritmo. O Boavista conseguiu, então, aos poucos, equilibrar a balança, mas o sinal mais continuava a pertencer aos homens de Porto Judeu. Só através de um remate de fora da área à figura de Rui, aos 40 minutos, por intermédio do capitão Rui Bettencourt, os locais conseguiram colocar em sentido a retaguarda do Barreiro. Mesmo a fechar o primeiro tempo, Ivo, isolado, podia ter resolvido o jogo, mas a classe de Kilha falou mais alto.
No segundo tempo o futebol foi de férias e começaram as quezílias em campo. Lino Inocêncio lançou Tavares para o lado esquerdo da defesa e Bichoca para o meio-campo. Com isso, conseguiu equilibrar a balança e, por muitas vezes, arriscou, jogando em 3-4-3. Contudo, e como referimos, o futebol começou a ser mais de contacto físico com muitas entradas fora do tempo e algum teatro dos jogadores à mistura...
A turma da casa tentou por todos os meios chegar ao empate, mas, para além de um remate perigoso de T. Rex por cima da barra, pouco mais conseguiu para contrariar o favoritismo do oponente. Com as expulsões de T. Rex (que estava a ser o mais inconformado dos visitados) e Rúben, no Barreiro, o Boavista quebrou animicamente e o adversário só não aumentou o resultado por alguma cerimónia dos seus jogadores, atendendo a que teve oportunidades que baste para que isso acontecesse.

Liga Meo Açores | 6ª Jornada (2ª Fase)

Campo de Jogos da Ribeirinha
Árbitro: Artur Teixeira (AFAH)
Assistentes: Luciano Rocha e Rui Fontes

Ao intervalo
1-2

Boavista 1
Kilha
Chiquinho
(Benjamim, 75m)
Brum
Zezinho
Marcelo
(Tavares, 46m)
Papicha
Flávio Teodoro
Rui Bettencourt
(Bichoca, 45m)
Zula
T. Rex
Felipe Alves

Não utilizados
Tiago Simas, Rodrigues, Felipe Fausto e Oliveira

Treinador
Lino Inocêncio

Barreiro 2
Rui
André
Araújo
Fábio
David
Ruben
Larika
(Miranda, 88m)
J. Isidro
Lhuka
(Célio, 75m)
Ivo
Chibante
(Vasco, 83m)

Não utilizados
Fanika, Vargas, Cordeiro e Nélson

Treinador
Hildeberto Borges

Disciplina | cartão amarelo para Marcelo (12m), Rui Bettencourt (13m), J. Isidro (33m), T. Rex (36m), Rúben (55m), Chiquinho (56m), André (76m) e Rui (90m). Amarelo, seguido de vermelho, para T. Rex (73m) e Rúben (74m). Advertência para Lino Inocêncio.

Marcadores | Ruben (a.g., 11m); Larika (5m) e Ivo (22m).