
O jogo entre Barreiro e Vitória iniciou-se a bom
ritmo, muito repartido na zona do meio campo. Porém, rapidamente se denotou
maior vivacidade por parte da equipa de São Roque, resultante de uma maior
pressão sobre a bola, não deixando os homens do Barreiro pensar.
Desta forma, a equipa da ilha montanha surpreendeu ao inaugurar o marcador
madrugadoramente, quando Lhuka efetuou um passe atrasado muito apertado,
intrometendo-se um homem do Vitória, o esférico foi parar aos pés de Diogo Oliveira
que meteu o turbo pela zona central, bateu a concorrência e, à saída de
Ronaldo, escolheu o lado para o bater.
Foi um período algo complicado de gerir por parte dos visitados, que demoraram
alguns minutos a reequilibrar-se, mas vislumbrava-se que essas dificuldades
seriam momentâneas, porque o ritmo forte imprimido pelos forasteiros teria
forçosamente de abrandar e o do Barreiro vinha em claro crescendo.
Os terceirenses foram paulatinamente e com segurança assenhorando-se do prélio,
empurrando cada vez mais o adversário para terrenos recuados, conseguindo boas
iniciativas, através do seu futebol ligado, homogéneo e rápido nas alas, que
criaram desequilíbrios. Após duas ocasiões desperdiçadas, chegou ao merecido
empate, consequência da rapidez de Miranda.
Os locais atravessavam uma fase positiva, mas, inexplicavelmente, aos poucos,
foram perdendo eficácia, permitindo que o adversário voltasse ao jogo, numa
altura em que talvez pensasse mais em segurar o empate até ao intervalo. A
turma visitante, inclusive, esteve perto de desfazer a igualdade, graças a um
remate de ressaca que encontrou na viagem a cabeça de José Isidro sobre o risco
final.
O segundo tempo trouxe um Barreiro desconcentrado, deixando o adversário chamar
a si o comando das operações. Curiosamente, os picoenses voltariam a
adiantar-se no placard ao minuto seis, agora do segundo tempo, no seguimento de
um lance estudado de bola parada. Canto na esquerda, longo e ao segundo poste,
onde estava o capitão Carlos Alves a ajeitar para a zona frontal da área,
aparecendo Wilson Martins a concluir com êxito.
As coisas não estavam a correr de feição para os anfitriões e pior ficaram
quando Marco Fernandes, depois de um lance viril mas leal, acabou por receber
ordem de expulsão do árbitro que foi na cantiga exagerada do atleta do Pico.
Em desvantagem e com menos um homem, a tarefa complicou-se para o Barreiro.
Hildeberto Vieira mexeu no onze, procurando a melhor forma de minorar e até
retificar o futebol do seu conjunto, o que sucedeu através de um lance
aparentemente ineficaz para o interior da área, em que o sentido de
oportunidade de Miranda permitiu restabelecer a igualdade.
A partir daqui, o desafio entrou numa fase de tudo ou nada. O Vitória teve a
possibilidade de desfazer o empate, mas seria Ivo a levar ao desespero os
adeptos ao atirar ao poste praticamente no último lance.
Arbitragem: fraquinha.
Série Açores – 8ª Jornada
Municipal
de Angra do Heroísmo
Árbitro: Rui Soares (AF Santarém)
Assistentes: Filipe Lascas e João Duarte
Ao
intervalo:
1-1
Barreiro 2
Ronaldo
Nelson (cap.)
(Chiquinho, 79m)
José Isidro
Nuno
Marco Fernandes
Jorge
(Paulo Miranda, 60m)
Hélder
Marco André
(Bruno, 84m)
Ivo
Lhuka
Miranda
Não
utilizados
Anselmo Falcão, Anselmo, Fábio e Célio.
Treinador
Hildeberto Vieira.
Vitória 2
Ivo
Lima
Ivo Fraga
Wilson Martins
Pedro Silveira
Carlos Alves (cap.)
Sandro Gomes
(André Neves, 85m)
André Ávila
(Simão Bettencourt, 82m)
Nicolau Silveira
(Tony, 63m)
César Lopes
Diogo Oliveira
Pedro Santos
Não
utilizados
Não houve.
Treinador
José Santos.
Disciplina:
cartão amarelo para Nicolau Silveira (58m), Wilson Martins (71m) e André Ávila
(72m). Vermelho direto para Marco Fernandes (55m), Ronaldo (90+4m) e César
Lopes (90+4m)